O piloto Rubens Barrichello criticou, via Twitter, a "marmelada" da
Ferrari na prova do último fim de semana, em Hockenheim, na Alemanha.
Piloto da escuderia italiana entre 2000 e 2005, o brasileiro se envolveu
em um caso similar com o então companheiro de equipe Michael
Schumacher, em 2002. Desta vez, a Ferrari pediu, via rádio, para que
Felipe Massa deixasse o espanhol Fernando Alonso passá-lo. Atitude
condenada por Barrichello.
"Recebi todo tipo de comentário sobre o episódio de domingo. Muitos
entenderam [só agora] como foi em 2002", escreveu em seu perfil oficial
no microblog. "E entenderam também agora porque deixei a Ferrari um ano
antes do final do contrato. Posso não ter sido campeão na época mas fui
sempre justo", completou.
Após a prova vencida por Alonso, no último domingo, Barrichello não quis comentar o ocorrido.
"Não quero comentar porque não vi o que aconteceu e tudo o que eu disser
pode causar polêmica. Sobre o que eu fiz, não vem ao caso", falou
Barrichello, no dia. Nesta terça-feira, porém, tocou no assunto, e
também escreveu sobre seu futuro:
"Pronto falei... Agora página virada. Estou na equipe que quero estar, a
ponto de assinar por mais um ano... Quero ser campeão com a Williams",
afirmou, via Twitter.
O QUE DIZ O REGULAMENTO
Segundo o artigo 39 da lei que rege a F-1, a prova deve ser decidida
dentro dos fatores desportivos, sem interferência de força maior.
"Ordens de equipe que interferem no resultado da corrida são proibidas",
diz o texto do regulamento. Assim sendo, uma eventual punição fica a
critério da FIA.
A CORRIDA
Massa conseguiu grande largada na prova. Terceiro no grid, ele se
aproveitou de uma briga por posições entre Alonso (segundo) e o alemão
Sebastian Vettel (pole), da Red Bull, e assumiu a ponta.
Bem na prova, o brasileiro segurou a posição por 49 voltas, com seu
colega de equipe em segundo, tentando se aproximar até que veio a
mensagem pelo rádio.
Massa, em seguida, diminuiu o ritmo e abriu espaço. Alonso ultrapassou e
conduziu o carro até a bandeirada final, com o brasileiro sustentando a
segunda posição, à frente de Vettel, que ficou em terceiro.
Ao final, visivelmente constrangidos, Massa e Alonso se cumprimentaram
de forma discreta. Na entrevista coletiva oficial, quando perguntado
sobre o assunto, o brasileiro foi sucinto: "não preciso dizer nada sobre
isso".
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