As LAN houses, centros públicos de acesso pago ao computador tão
populares no Brasil, foram ultrapassadas pelos domicílios no país em
2009, segundo informa uma pesquisa do CGI.br (Comitê Gestor da Internet
no Brasil) divulgada na semana passada.
De acordo com os dados, 48% dos acessos individuais acontece em
residências, enquanto outros 45% ocorrem em LAN houses. O estudo, que é
feito anualmente desde 2005, indica que situação é diferente do que
ocorria desde 2007, quando o uso de centros públicos de acesso pago
cresceu no Brasil.
A projeção, no entanto, não é um demérito para as LAN houses do país
--elas prosseguem sendo um dos pontos fundamentais para a inclusão
digital de classes menos abastadas, segundo o CGI.br.
Em seguida, vem o local "na casa de outra pessoa", com 26% das
respostas. Pessoas que acessaram a internet do trabalho representam 22%
da fatia, enquanto aqueles que acessam da escola são 14% do total.
Os centros públicos de acesso gratuito, também denominados telecentros,
ficaram com 4% das menções no total brasileiro. O número total usuários
desses locais de acesso chega a 2,3 milhões, diz o estudo.
"Devemos considerar que muitos desses telecentros estão em áreas remotas
onde o acesso à internet é ainda precário, o que faz com que sejam,
muitas vezes, a única alternativa para se conseguir uma conexão à rede",
observa o CGI.br.
A coleta dos dados ocorreu entre setembro e outubro de 2009, em todo o país (inclusive áreas rurais).
O CGI.br entrevistou indivíduos de 19.998 residências, e usa os
critérios conceituais do Censo Demográfico e do PNAD 2008 (Pesquisa
Nacional por Amostras de Domicílios), ambos produzidos pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para classificar os
dados.
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