As pessoas cuja renda é superior a R$ 1.396 são a fatia mais larga entre
os 36% dos entrevistados que não têm necessidade ou interesse de
acessar a internet, segundo a pesquisa divulgada pela CGI.br (Comitê
Gestor da Internet no Brasil) na semana passada.
Em seguida, vêm aqueles cujos rendimentos ficam entre R$ 930 e R$ 1.395,
que representam 39% dos desinteressados ou desnecessitados acerca da
rede mundial de computadores. Pessoas com renda entre R$ 466 e R$ 930
representam 29% do percentual, enquanto as que têm renda inferior a R$
465 são 28% da fatia.
"Para essa parcela da população, é provável que haja uma falta de
percepção dos benefícios em acessar à internet e, nesse caso, seria
necessário divulgá-los, independente do interesse individual de cada
um", afirma o estudo.
A coleta dos dados ocorreu entre setembro e outubro de 2009, em todo o país (inclusive áreas rurais).
O CGI.br entrevistou indivíduos de 19.998 residências, e usa os
critérios conceituais do Censo Demográfico e do PNAD 2008 (Pesquisa
Nacional por Amostras de Domicílios), ambos produzidos pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para classificar os
dados.
Nas áreas rurais, 26% declararam não manter interesse ou necessidade de
acesso à rede mundial de computadores. Nas áreas urbanas, o número
cresce para 38%.
O maior entrave para acesso à web apontado pela pesquisa, contudo,
permanece sendo a falta de habilidade com o computador e com a internet:
53% dos que nunca acessaram disseram desconhecer os mecanismos para uso
de ambos.
Aqueles que não tem condições de pagar pelo acesso correspondem a 20%
dos respondentes --a percentagem se mantém na média geral, quando
dividida entre áreas rural e urbana.
Os que justificaram não ter de onde acessar representam 21% da população
entrevistada (17% dos entrevistados são das áreas urbanas, e36%, das
rurais).
Apenas 3% da população brasileira afirmaram outros motivos, não responderam ou não souberam responder.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
As LAN houses, centros públicos de acesso pago ao computador tão populares no Brasil, foram ultrapassadas pelos domicílios no país em 2009, segundo informa uma pesquisa do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) divulgada na semana passada. De acordo com os dados, 48% dos acessos individuais acontece em residências, enquanto outros 45% ocorrem em LAN houses. O estudo, que é feito anualmente desde 2005, indica que situação é diferente do que ocorria desde 2007, quando o uso de centros públicos de acesso pago cresceu no Brasil. A projeção, no entanto, não é um demérito para as LAN houses do país --elas prosseguem sendo um dos pontos fundamentais para a inclusão digital de classes menos abastadas, segundo o CGI.br. Em seguida, vem o local "na casa de outra pessoa", com 26% das respostas. Pessoas que acessaram a internet do trabalho representam 22% da fatia, enquanto aqueles que acessam da escola são 14% do total. Os centros públicos de acesso gratuito, também denominados telecentros, ficaram com 4% das menções no total brasileiro. O número total usuários desses locais de acesso chega a 2,3 milhões, diz o estudo. "Devemos considerar que muitos desses telecentros estão em áreas remotas onde o acesso à internet é ainda precário, o que faz com que sejam, muitas vezes, a única alternativa para se conseguir uma conexão à rede", observa o CGI.br. A coleta dos dados ocorreu entre setembro e outubro de 2009, em todo o país (inclusive áreas rurais). O CGI.br entrevistou indivíduos de 19.998 residências, e usa os critérios conceituais do Censo Demográfico e do PNAD 2008 (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios), ambos produzidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para classificar os dados.
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