A operação da PF (Polícia Federal) contra a exploração, abuso sexual e
pedofilia na internet --realizada em nove Estados-- já prendeu 20
pessoas em flagrante. Segundo a polícia, o balanço é parcial e o número
de prisões pode aumentar. Ao todo, mais de 400 policiais federais
participam da operação para cumprir 81 mandados de busca e apreensão.
Dos 20 presos --entre eles um adolescente e idosos--, 13 são do Estado
de São Paulo, dois do Paraná, um do Rio, dois do Distrito Federal, um de
Alagoas e um de Goiás. Segundo a PF, a operação chamada Tapete Persa
bateu o recorde em número de prisões em casos de pedofilia. No ano
passado, a operação chamada Turco prendeu 11 pessoas e, em 2008, a
operação Carrossel teve cinco prisões.
Estão sendo cumpridos 81 mandados de busca e apreensão nos Estados de
Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.
Um dos delegados que participa da ação, Marcelo Bórsio, afirmou que a PF
identificou que muitas das pessoas que possuem material pornográfico
nos computadores e divulgam na internet são as também as pessoas que
cometem abuso sexual de crianças.
Segundo a PF, na casa das pessoas presas foram encontradas fotos e
vídeos com material pornográficos. E muitas dessas fotos eram dos
próprios criminosos abusando de crianças.
De acordo com a Polícia Federal, o Brasil está em quarto lugar no
ranking mundial --feito por polícias de diversas nacionalidades-- de
locais que divulgam pedofilia, atrás de Alemanha, Espanha e Inglaterra.
INVESTIGAÇÃO
A operação tem o apoio da Interpol e da polícia alemã, que identificou,
no final de 2008, milhares de usuários brasileiros que estariam
distribuindo, compartilhando e divulgando material pornográfico na
internet.
Esses usuários brasileiros foram identificados após a polícia alemã
realizar monitoramento de redes na internet. Após ser comunicada, a
Polícia Federal brasileira iniciou investigações no primeiro semestre de
2009. Com autorização judicial, a PF encaminhou para suas unidades
descentralizadas os endereços dos suspeitos obtidos junto aos provedores
de internet.
A PF informou que as prisões em flagrante só foram possíveis depois que,
em novembro de 2008, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi
alterado possibilitando esse tipo de detenção para quem fosse encontrado
com material pornográfico nos computadores.
Somadas as penas, os criminosos poderão, se condenados, permanecer por mais de 15 anos presos.
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