O Facebook está mudando o mundo. Mark Zuckerberg é um gênio de calças
curtas (e chinelos). Ele é um doce, e não usa drogas. Imagens do tipo
correm soltas pelo livro "The Facebook Effect" (O Efeito Facebook), do
autor David Kirkpatrick, claramente um admirador entusiasmado do jovem
cofundador do site de relacionamentos.
O tom chapa branca do livro serve de defesa para duas outras iniciativas
que "mancham" a imagem do site e seu criador: o filme "A Rede Social" e
o livro "Bilionários Acidentais".
"Se o filme for retratar Zuckerberg como um excêntrico, e o livro de
Mezrich já o trata como um cara arrogante, mesquinho, obsessivo, que fez
o Facebook só para catar mulher, então sim, meu livro pode ser
considerado um contraponto, que traz a verdade", disse Kirkpatrick, em
entrevista à Folha.
Seu livro começa com a história de um colombiano que criou uma
comunidade no Facebook contra as Farc e conseguiu levar 10 milhões para
passeatas de diversas cidades do país.
Isso porque Kirkpatrick, ex-editor sênior de tecnologia da revista
"Fortune", acredita piamente no poder político do Facebook, assim como
também na ideia de que Zuckerberg está mais interessado na felicidade
dos usuários do que em dinheiro. Questões como privacidade dos usuários
ou processos jurídicos são secundários.
"Zuckerberg é um revolucionário social que está usando as ferramentas da
tecnologia para atingir seus objetivos, da mesma forma que, no passado,
alguém como Che Guevara iria para a floresta organizar os camponeses."
Exageros à parte, o livro tem dois pontos interessantes. O primeiro é o
surgimento de uma empresa de internet de sucesso e o segundo é a
participação do brasileiro Eduardo Saverin, amigo de Harvard de
Zuckerberg e jovem investidor. Ele foi o primeiro a colocar dinheiro no
projeto e a cuidar da parte financeira e publicitária.
Porém, pouco depois do lançamento do site, Saverin entrou numa batalha
jurídica com Zuckerberg, chegando a "sequestrar" os bens da empresa,
segundo o livro, por desavenças nos negócios. "Saverin nunca fez nada
pelo Facebook, nunca acreditou", disse o autor.
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