quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

LinkedIn usa o próprio site para contratar


 O usuário número 296.901 a se cadastrar no LinkedIn --de um total de pouco mais de 150 milhões-- busca funcionários para trabalhar na empresa no Brasil.
Após ser escolhido como diretor-geral da companhia no país, em novembro passado, Osvaldo Barbosa de Oliveira está à procura de colegas de trabalho.
Com conhecimento em expandir os negócios de empresas estrangeiras no Brasil --foi o oitavo funcionário da Microsoft no país--, Oliveira decidiu, após um período sabático, reviver a experiência.


 Quando ficou sabendo que o LinkedIn procurava um executivo brasileiro, pediu a um amigo em comum que o apresentasse a Jeff Weiner, presidente-executivo da empresa nos EUA, por meio de uma ferramenta da rede social.
Oliveira parece levar a sério o lema "eat your own dog food" (coma sua própria ração de cachorro, em inglês), disseminado nas companhias de tecnologia desde 1988, após um e-mail enviado pelo executivo da Microsoft Paul Maritz a um subordinado ter esse título.
Além de citar a frase, o executivo faz questão de ressaltar que o LinkedIn está utilizando suas próprias ferramentas para buscar novos empregados. "Temos dez posições, mas não necessariamente dez funcionários", explica. "Procuramos umas dezenas de profissionais."
Por enquanto, apenas uma vaga foi preenchida, a de diretor de soluções de recrutamento. Posições como diretor de finanças e diretor de marketing ainda estão em aberto. É possível se candidatar na página do LinkedIn dentro da própria rede social.
CRESCIMENTO NO BRASIL
O LinkedIn passou a ter uma versão em português em março de 2011 e, segundo o executivo, a mudança foi essencial para o aumento de usuários no país, acima da média de outros países.
"Os brasileiros costumam usar a rede mais em português", diz. "Mas vale ressaltar que as pessoas podem ter perfis em diversos idiomas."
De acordo com os dados mais recentes, divulgados pelo site no início do mês, o país tem 7 milhões de pessoas inscritas -a quarta maior audiência do mundo, atrás de EUA, Índia e Inglaterra.
Além de atrair cada vez mais usuários, o objetivo do LinkedIn é convencer empresas de que é um bom meio para melhorar o recrutamento e a publicidade on-line. "São essas duas áreas principais que estamos montando."



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