quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Europa investigará novas normas de privacidade do Google
A agência de regulamentação de dados da França vai iniciar uma investigação oficial sobre as novas normas de privacidade do Google, anunciando em sua interpretação preliminar que elas não são compatíveis com as leis europeias de proteção à privacidade pessoal.
Em carta ao Google com data de 27 de janeiro, a CNIL (Comission Nationale de l'Informatique e des Libertés) informou que conduziria o inquérito em cooperação com outras agências regulatórias europeias, e que enviaria uma lista de perguntas ao grupo norte-americano de internet até meados de março.
O Google anunciou em janeiro que simplificaria suas normas de privacidade, consolidando 60 regulamentos diferentes em um modelo único que se aplicará a todos os serviços, incluindo YouTube, Gmail e Google+.
Isso permitiria que o gigante de buscas na web agregasse todos os dados que recolhe de usuários individuais em todos os seus serviços. O Google informou que essa unificação ajudaria na personalização dos resultados de buscas e melhoraria o serviço para os usuários, que não poderão optar por não usar as novas normas se desejarem continuar usando os serviços do Google.
"A CNIL e as autoridades de proteção de dados da União Europeia estão profundamente preocupadas com essa combinação de dados pessoais de diferentes serviços; têm fortes dúvidas quanto à legalidade e lisura desse processamento, e sobre sua compatibilidade com a legislação europeia de proteção a dados", escreveu a agência francesa ao Google.
As mudanças entrarão em vigor em 1º de março, sendo que dois pedidos de organizações regulatórias europeias para que o Google adiasse a medida foram rejeitados pela empresa.
Em resposta à carta da CNIL, o Google afirmou em blog que responderia prontamente as perguntas das autoridades europeias de proteção a dados.
"Como afirmamos diversas vezes ao longo da semana passada, embora nossas normas de privacidade mudem em 1º de março, nosso compromisso quanto ao princípio de respeito à privacidade continua tão forte quanto no passado", escreveu a companhia.
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