O PayPal, serviço de pagamentos on-line controlado pelo eBay, acaba de
encontrar novo rival em sua corrida para desenvolver um sistema de
pagamento móvel que possa ser usado em lojas físicas.
A Boku, uma grande companhia de pagamentos móveis on-line que conta com
investimentos de grupos de capital para empreendimentos como a
Andreessen Horowitz e a Benchmark Capital, revelou na quinta-feira um
novo serviço que permite que pessoas realizem pagamentos com seus
celulares em quaisquer estabelecimentos que aceitem cartões de crédito.
A Boku já oferece um serviço de cobrança em conta telefônica via 230
operadoras de telefonia móvel, entre as quais AT&T, Vodafone Group e
Verizon Communications, em mais de 60 países. O serviço permite que as
pessoas paguem usando seus números de celular e inclui os valores
debitados em suas contas mensais de telefonia móvel.
A cobrança via operadora normalmente fica limitada a compras on-line de
baixo valor, seja via computador pessoal ou por meio de aplicativos
móveis.
A nova plataforma da Boku, conhecida como Boku Accounts, permite compras
em lojas físicas, um mercado muito maior. O serviço será oferecido aos
assinantes por suas operadoras, com suas marcas, e a Boku operará o
sistema primário.
O lançamento faz da Boku concorrente direta do PayPal, que está
promovendo o uso de seu popular serviço on-line de pagamentos em lojas
físicas. O Google também está tentando introduzir seu serviço Google
Wallet em lojas, por meio de parcerias com gigantes como MasterCard e
Citigroup.
O sistema de pagamento em loja da PayPal funciona nos terminais
existentes de ponto de venda do varejo, mas torna necessária uma
atualização de software. O Google Wallet funciona com celulares que
disponham de chips Near-Field Communication (NFC) e para lojas que usem
terminais que operem com essa tecnologia.
O serviço da Boku inclui uma etiqueta que os usuários podem colar aos
seus celulares e faz de qualquer aparelho um celular NFC. Também inclui
um cartão de débito que pode ser lido nos terminais existentes do
varejo, sem atualização de software, de acordo com a companhia.
"Queremos tornar o sistema disponível em qualquer loja", disse Ron
Hirson, co-fundador da Boku. "Não é preciso um celular novo ou um
terminal novo".
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