Na hora de escolherem o primeiro computador para uma criança, os pais
devem levar em conta não só o preço, mas também a segurança, a
resistência do aparelho e o conteúdo oferecido. E, se já era difícil
escolher entre notebooks e desktops, a oferta fica ainda maior com os
tablets.
O desktop tradicional, antes escolha favorita dos pais, vem perdendo
espaço para aparelhos com maior mobilidade, como notebooks, netbooks e
tablets.
"O primeiro computador costumava ser o desktop, mas, como cada vez mais
pais usam notebooks, os filhos querem máquinas iguais às deles", afirma
Carlos Augusto Almeida, gerente de produtos da Dell Brasil.
Apesar disso, empresas ainda defendem o computador de mesa como escolha
ideal para primeira máquina. Os argumentos são o fator "social" da
plataforma e a redução de riscos de acidentes.
"O desktop é mais recomendado por ser um produto residencial, aumentando
o uso compartilhado e interação entre os filhos", diz Luiz Tedesco,
gerente da HP.
Segundo Almeida, diversos pais misturam os elementos de desktops e
notebooks para chegar à máquina ideal. "Notebooks com mais de 15
polegadas e que substituem o desktop são uma solução, porque reduzem o
emaranhado de fios, são portáteis para viagens e fazem a função de
máquina de mesa", avalia.
Para notebooks, a mobilidade é uma bênção e uma maldição: apesar de
oferecerem praticidade em passeios, as máquinas estão sujeitas a tombos e
acidentes mais danosos. "Crianças derrubam bebidas, deixam a máquina
cair no chão. É recomendado ter garantia estendida contra acidente",
sugere Almeida.
Para famílias com mais de um filho, o notebook deve ser visto com
precaução. A compra de um modelo pode forçar a aquisição, no futuro, de
outros para os demais filhos, gerando alto custo.
BIBLIOTECA PORTÁTIL
Mais caros se comparados aos concorrentes, os tablets atraem as crianças
pela interatividade de aplicativos e pela facilidade da utilização da
tela sensível ao toque.
"Tablets abrem possibilidades por causa da portabilidade. A criança pode
levar uma biblioteca inteira", diz Marcia Taborda, coordenadora do
Laboratório de Tecnologias de Informação e Comunicação da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.
Com peso médio de 600 gramas, menos da metade de notebooks comuns, os
tablets são boas opções para diminuir o peso na mochila em passeios e
viagens.
Apesar disso, a proximidade da tela e o brilho excessivo podem fazer mal
à visão, segundo a professora Sônia Petitto, do Departamento de
Educação da Unesp de Marília. Para ela, é sempre preciso intercalar o
uso do computador com atividades além da tela, prática defendida pela
pedagoga Marcia Taborda.
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