Mas, nesta semana, ele encomendou um iPhone à Apple, pondo fim a sete anos de relacionamento com a RIM (Research in Motion), fabricante do BlackBerry.
A decisão destaca como até mesmo bancos e executivos de informática mais preocupados com a segurança, no passado os mais leais clientes da RIM, estão começando a desertar, em função das melhoras em aparelhos de rivais que passaram a concorrer de perto com os recursos de segurança tão alardeados do BlackBerry.
"A RIM sempre esteve na liderança no que tange à gestão de aparelhos. Mas a Apple tirou essa diferença", disse Stuart.
Fachada de instalação da Research in Motion (fabricante do BlackBerry) em Waterloo, no Canadá |
O grande colapso que a rede do BlackBerry sofreu na semana passada, abrangendo quatro continentes, deve acelerar o declínio da RIM. A companhia já vem enfrentando apelos de investidores por uma mudança de comando e uma possível venda ou cisão.
Muitos bancos já permitem que seus empregados escolham o aparelho que preferem usar, e os problemas do BlackBerry devem estimular mais empresas a fazer o mesmo, de acordo com Julie McNelly, analista do Aite Group, que assessora instituições financeiras em segurança de dados.
"A porta de saída já está aberta. E muitos daqueles que estavam do lado de dentro já partiram", disse ela. "O que aconteceu na semana passada pode acelerar o processo."
O BlackBerry dominava o mercado empresarial porque as companhias acreditavam que a RIM oferecia melhor proteção aos seus dados sigilosos, impedindo a perda de segredos comerciais.
O colapso da rede, entretanto, expôs o calcanhar de aquiles da RIM: o fato de as mensagens do BlackBerry serem roteadas por centrais de processamento próprias da companhia deixa as informações mais seguras, mas também cria um potencial ponto único de falha (ou seja, um problema na central pode comprometer todo o sistema).
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