A Sony quer ampliar urgentemente a proporção de seus componentes pelos quais paga em euros, a fim de ajudar a aliviar o impacto da alta do iene sobre os lucros, disse o presidente da Sony Computer Entertainment, Kazuo Hirai, na feira de eletrônicos Ceatec.
Kazuo Hirai, presidente da Sony Computer Entertainment, num evento em junho deste ano |
A fabricante dos sistemas de videogames PlayStation evitou boa parte dos danos causados pela queda do dólar diante do iene por meio de operações de "hedge" (proteção) e da aquisição de componentes com preços determinados em dólares, mas sofreu pesado abalo devido à queda do euro, em função da crise na Grécia, disse Kazuo Hirai a jornalistas durante a maior feira de eletrônicos japonesa.
"Alterar demais as nossas compras de componentes simplesmente por conta do euro prejudicaria o equilíbrio de nosso sistema de suprimento, mas transferiremos o máximo que pudermos", disse ele, acrescentando que a mudança demoraria algum tempo a ser implementada.
A Europa é o maior mercado internacional para a Sony, respondendo por 23% de seu faturamento, e a queda no consumo lá prejudica suas vendas e as da rival Panasonic, nas semanas que antecedem a crucial temporada de festas.
Fumio Ohtsubo, o presidente da Panasonic, expressou preocupação semelhante quanto aos efeitos dos problemas europeus.
"Está difícil", disse ele na terça-feira. "As vendas na Europa estão abaixo do ano passado." Ele informou que as vendas mundiais da companhia haviam caído abaixo de suas projeções, e que antecipava um relaxamento da demanda nos mercados emergentes.
Também na Ceatec, Masami Yamamoto, presidente do grupo de informática Fujitsu, descreveu como "severo" o impacto do euro fraco.
A Fujitsu está enfrentando o impacto cambial fabricando produtos nos mercados em que eles são vendidos, disse.
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