O site de Preta Gil saiu do ar na tarde desta quinta-feira (31) após sofrer um ataque de hackers.
Primeiro, o grupo que se autodenomina "Command Tribulation" postou uma mensagem contrária à criminalização da homofobia.
"Site hackeado. Abaixo a lei da homofobia. Abaixo a PL 122", escreveram
na página, em referência ao Projeto de Lei que tramita no Congresso
Nacional.
Em seguida, a página saiu do ar. No momento, ela permanece sem as informações sobre a carreira da cantora.
Um dos principais críticos do PL 122 é o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).
No Twitter, Preta comentou: "Sinto estar vivendo um retrocesso no
caminho da humanidade, nunca imaginei ver de novo tanta agressividade,
racismo e preconceito".
POLÊMICA
Bolsonaro e Preta Gil se envolveram em uma polêmica nesta semana após ele ter feito comentários considerados ofensivos.
No quadro "O Povo Quer Saber", do programa "CQC", da TV Bandeirantes,
exibido na segunda-feira (28), Preta Gil fez uma pergunta, previamente
gravada, sobre qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por
uma negra.
O parlamentar, que tem um extenso histórico de polêmicas relacionado a
direitos civis e humanos, respondeu: "Preta, não vou discutir
promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus
filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como
lamentavelmente é o teu."
Bolsonaro alegou não ter tido a intenção de fazer nenhuma declaração
racista. Disse que, na realidade, pensou que a pergunta se referisse a
um relacionamento gay. "Essa se encaixa na resposta que eu dei. Para
mim, ser gay é promíscuo, sim."
Na noite da última terça-feira (29), deputados protocolaram
uma representação para que o deputado seja investigado pela
Corregedoria da Câmara por quebra de decoro parlamentar, por causa dos
comentários supostamente racistas.
A representação também será encaminhada ao Ministério Público e à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
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