Com o lançamento, em 2012, de um cabo submarino de telecomunicações, que
fará escala na ilha espanhola de Tenerife e que ligará toda a costa
oeste da África em 20 países, escolas e hospitais do continente terão
banda larga e poderão se conectar com o mundo.
O presidente da divisão filantrópica da empresa americana Baharicom,
Robert Henderson, anunciou o projeto na Conferência Internacional de
Alianças Comerciais com a África, que começou nesta quarta-feira em
Tenerife.
Henderson explicou que, com a liberalização das telecomunicações nesses
países, a banda larga ficará mais barata e escolas e hospitais poderão
compartilhar seus conhecimentos.
O executivo explicou que a União Africana tem um projeto de "e-escolas', que consiste em conectar 600 mil colégios via internet.
O setor da saúde também se beneficiará do desenvolvimento das redes
submarinas de fibra óptica, que pretendem fornecer conectividade interna
e externa aos países africanos, acrescentou o presidente de África
Coast to Europe Consortium (ACE), Lamin Camara.
A ideia, segundo Camara, é que haja interconexão entre as diferentes
escolas e, inclusive, que os professores possam enviar seu curriculum de
forma eletrônica e que os centros compartilhem conteúdos letivos.
Na sua opinião, a penetração terrestre dos cabos submarinos, através de
repetidores implantados no território, "preencherão esta lacuna" e esta
aspiração para, por exemplo, a construção de 3.000 novas escolas
secundárias na Tanzânia.
De acordo com sua opinião, o objetivo dos cabos submarinos é
proporcionar conectividade internacional, aumentar o serviço de banda
larga e que este seja o motor do crescimento social, educacional e de
negócios.
O cabo de fibra óptica da ACE passará por França, Portugal, Espanha,
Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné Equatorial, Serra Leoa, Libéria,
Costa do Marfim, Gana, Benin, Nigéria, Camarões, Gabão, Congo, Angola, a
Namíbia e África do Sul.
Tenerife será o ponto do território espanhol no qual a nova
infraestrutura de telecomunicações fará escala, que terá uma longitude
total de 18 mil quilômetros.
O projeto, que custou US$ 700 milhões, permitirá que a África se conecte
ao mundo de forma mais barata, já que dá passo à livre concorrência de
operadores, acrescentou.
À Conferência Internacional de Alianças Comerciais com a África, que
começou nesta quarta-feira em Tenerife, reúne 300 empresas americanas,
africanas e espanholas.
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