A britânica Keira Rathbone, 27, sempre gostou da tecnologia que não está
na ponta. Ela coleciona vinis, adora sua maquina fotográfica analógica
--que ganhou do pai aos 16--, e pretende instalar um telefone fixo de
disco em sua casa. Keira tem também uma coleção de máquinas de escrever,
que usa de uma maneira pouco convencional: para pintar.
Keira usa suas máquinas para produzir desde retratos do presidente
americano Barack Obama e desenhos de arquitetura até paisagens naturais,
compondo as imagens com os caracteres do teclado. "O que me atrai
nessas máquinas antigas é como elas são operadas, já que você usa muito
mais as mãos", disse à Folha por e-mail.
A artista começou sua atividade pouco usual em 2003, no primeiro ano em
que cursou no Instituto de Arte em Bournemouth: "Estava me esforçando
para pensar imagens para escrever quando percebi que, em vez disso,
deveria usar letras para formar uma imagem", reflete.
Hoje, recebe pedidos de artistas e veículos impressos, e suas obras são expostas em galerias de arte (veja algumas delas no site da artista).
Keira conta ter cerca de 30 máquinas, com diferentes tipos ou tamanhos
de fonte, o que usa para mudar o resultado de seus trabalhos.
Atualmente, só usa máquinas manuais, de marcas como Smith Corona,
Olivetti, Brother e Remington. Os modelos vão desde antiguidades dos
anos 1930 até mais modernos, dos anos 1980.
A artista diz que optou por esse uso pouco convencional da máquina para surpreender o público.
Nas exibições públicas, usa as máquinas mais chamativas e afirma que
existe mais que a simples curiosidade: "Há também uma nostalgia enorme
com máquinas de escrever para todos além de certa idade. Algumas pessoas
têm um apego muito romântico a elas".
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