segunda-feira, 28 de março de 2011

Procuradoria pede à Anatel explicação de prazo do SMS do 190

O Ministério Público Federal em São Paulo entrou com pedido na Justiça para que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) justifique o prazo que apresentou para implantar um sistema para o recebimento de mensagens por celular --SMS-- pelos serviços de emergência da Polícia Militar (190) e do Corpo de Bombeiros (193).
No processo que tramita na Justiça, a agência afirmou que só poderá regulamentar o serviço em dezembro. A Procuradoria, então, pediu uma descrição das medidas que serão adotadas e a justificativa do tempo necessário para cada uma.
Em fevereiro, a Anatel apresentou à Justiça dois cronogramas: um trata da gratuidade do SMS aos serviços de emergência e o outro da disponibilização do serviço em São Paulo.
Para a Procuradoria, as informações da disponibilização estão incompletas.
"Sem informar quais detalhes técnicos foram levados em consideração, o cronograma estabelece uma data extremamente superior ao prazo de 60 dias fixado pela Justiça Federal para implementação do serviço, que vai beneficiar a sociedade como um todo, e principalmente as pessoas com deficiência auditiva", afirmou a procuradora Thaméa Danelon de Melo, responsável pela ação.
Em maio do ano passado, o Ministério Público Federal propôs uma ação civil pública para que a Anatel regulamentasse o serviço. Na época, os bombeiros e a polícia informaram já possuir um sistema para receber as mensagens, mas que estava inoperante por falta de regulamentação da Anatel com as operadoras.
A Justiça acolheu o pedido, e, após ficar comprovado que a Anatel não cumprira o prazo, determinou multa caso a agência não apresentasse um cronograma de implantação.
A reportagem procurou a Anatel para comentar o pedido da Procuradoria. Sua versão será incluída neste texto assim que houver manifestação.

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