A Sony reduziu a produção em mais cinco fábricas e a Toyota adiou o
restabelecimento de suas linhas de montagem, enquanto a cadeia global de
peças e produtos começa a sentir o impacto total do catastrófico
terremoto no Japão.
As companhias de eletrônicos e automóveis foram as mais prejudicadas
pelo desastre japonês. Mas, evidenciando a extensão da crise, a Rio
Tinto, segunda maior mineradora do mundo atrás da Vale, alertou que as
interrupções na produção são uma ameaça aos seus planos de crescimento.
As mineradoras já enfrentam esperas mais longas por equipamentos
essenciais, e o fechamento de fábricas de máquinas pesadas e eletrônicos
pode criar pressões adicionais.
"Eu estimo que a situação japonesa afetará as entregas de equipamentos
vindos do Japão, mas nós estamos bem até agora", disse Mark Cutifani,
diretor-executivo da AngloGold Ashanti, ao Reuters Global Mining and
Steel Summit nesta terça-feira.
Mais de dez dias após um terremoto de 9 graus de magnitude e um tsunami
de 10 metros de altura no nordeste do Japão, as manufatureiras têm
dificuldade para retomar o ritmo de produção. As fábricas lidam com
cortes de energia, problemas de infraestrutura e escassez de peças.
Companhias como Apple, General Motors e Nokia já sentem o impacto.
A Toyota, maior montadora de veículos do mundo, disse que todas as 12
linhas de produção japonesas ficarão fechadas pelo menos até sábado e
que não há certeza sobre quando elas reabrirão. A produção perdida entre
14 e 26 de março seria algo em torno de 140 mil unidades.
A gigante de eletrônicos Sony disse que mais cinco fábricas foram
afetadas pela falta de peças e terão de reduzir a produção até o fim de
março, a maioria no centro e no sul do Japão que fabricam câmeras
digitais, câmeras de vídeo, televisões e microfones.
Incluindo as duas fábricas que foram apenas parcialmente reabertas na
semana passada, 15 das 25 fábricas da Sony no Japão estão prejudicadas. A
companhia tem um total de 54 fábricas no mundo todo.
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