terça-feira, 6 de março de 2012

Na África, milhões de pessoas usam SMS para pagamentos

A ironia da história dos pagamentos moveis é que os países ricos passarão por uma mudança cultural já presente em muitos lugares pobres. Enxergar o celular como uma carteira é uma realidade na África. O salto aconteceu porque era mais fácil expandir os meios de pagamento numa base já instalada (os celulares) do que investir em outra (um sistema bancário).
Christina Muelem, 11, compra um celular pré-pago para sua mãe, em loja perto de Malmouth (África do Sul)
Na falta óbvia do NFC, a tecnologia que impulsionou os celulares africanos foi o velho e bom SMS, ainda que de forma criptografada e algumas vezes "disfarçado" em telas mais amigáveis.
"Quando existe uma falta muito grande de infraestrutura, as novas tecnologias acabam avançando muito mais rapidamente", diz Khalid Fellatti, da Western Union.
Códigos simples indicam as ordens bancárias, como depósitos e transferências.
O esquema permite, por exemplo, que as pessoas não guardem dinheiro em casa nem tenham que vencer longas distâncias até os bancos.
O país onde esse tipo de serviço mais se desenvolveu é o Quênia, com mais de 20 milhões de correntistas móveis. Mas espera-se que a Nigéria assuma logo mais a primeira posição.
O boom de carteiras na África criou vários casos de sucesso empresarial, como a M-Pesa, companhia que domina o serviço no Quênia, da MTN, que fez o mesmo em Uganda, e a sul-africana Fundamo, que acabou comprada pela Visa.

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