Será que o Facebook é uma máquina de crescimento inesgotável ou já há
sinais de que sua influência cada vez maior sobre a web está perto de
atingir seus limites?
E será que a empresa, explorando as imensas dimensões de sua audiência,
será capaz de gerar dinheiro bastante para justificar as exageradas
expectativas que fazem de sua oferta pública inicial de ações o evento
mais aguardado por Wall Street em muito tempo?
São essas as questões que ocuparão a semana, enquanto a maior rede
social do mundo se prepara para apresentar a documentação inicial de
abertura de seu capital, o que deve acontecer em maio. A empresa
pretende apresentar a documentação amanhã. Estima-se que a empresa
atinja valor de mercado de US$ 100 bilhões.
Embora a maioria das empresas de tecnologia que obtêm rápido crescimento
busque abrir seu capital em estágio anterior de sua trajetória, o
Facebook preferiu esperar mais antes de colocar ações no mercado, para
que seus principais executivos concentrassem sua atenção nas operações
essenciais.
Como resultado, sua influência mundial e seu valor nos mercados
secundários privados (negociação de papéis em empresa sem capital
aberto) dispararam, ainda que isso tenha também despertado questões
sobre o nível de crescimento que a companhia ainda pode apresentar.
ESTABILIZAÇÃO
"O que realmente precisamos ter em conta é se estamos vendo uma
estabilização no crescimento e no envolvimento dos usuários", diz Anupam
Palit, analista sênior de ações da GreenQuest Capital.
"O crescimento nos emergentes deve continuar espantoso, por enquanto,
mas precisamos determinar se o tempo dedicado a ouvir música e comprar
produtos no site também continua crescendo."
O Facebook tem 800 milhões de usuários. Até agosto devem ser 1 bilhão.
Uma questão central será determinar se o Facebook conseguirá avançar
para além de suas formas iniciais de publicidade e desenvolver novas
formas de receita que explorem a posição singular de que desfruta na
web.
"O verdadeiro exercício de ligar os pontinhos é determinar quantos
membros eles têm; que profundidade de informação a companhia tem sobre
eles; e quantos anos será preciso para que ela compreenda como monetizar
plenamente esses fatores", diz Kevin Landis, vice-presidente do
Firsthand Value Technology Fund, que tem cotas do Facebook.
Mesmo no curto prazo, a expectativa é que os documentos demonstrem o
sucesso inicial do Facebook em seus esforços para faturar mais. A
receita da empresa em 2011 é estimada entre US$ 4 bilhões e US$ 5
bilhões e pode chegar a entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões em 2012, o
que colocaria a empresa em posição intermediária entre as companhias do
ranking "Fortune 500".
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