Promotores chineses citaram nesta terça-feira um poema e mensagens
enviadas pelo Skype no julgamento do dissidente Zhu Yufu, na cidade de
Hangzhou.
O opositor ao regime foi preso em Hangzhou em abril do ano passado e é
acusado pela polícia de incitar "a subversão do poder do Estado", disse
seu advogado, Li Dunyong.
O tribunal ainda não divulgou o veredito contra Zhu, que em fevereiro
completa 59 anos, mas a impressão é que o caso seguirá o de outros
dissidentes chineses que receberam duras sentenças de prisão do
Judiciário, controlado pelo Partido Comunista.
As punições a críticos ao regime comunista chinês são frequentemente
consideradas por ativistas uma forma de tentar frear os defensores de
mudanças democráticas.
No processo contra Zhu, os promotores citaram seu poema "É Hora", que
circulou na internet, bem como mensagens de texto enviadas pelo serviço
online do Skype, segundo o advogado.
No poema há referências a "uma praça pertencente a todos", o que poderia
evocar memórias dos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen, em
1989.
Quanto às mensagens, não houve indícios de que o Skype tenha ajudado a polícia a coletar as provas, afirmou Li.
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