Os esforços acelerados do Google para encontrar espaço nos mercados
móveis e de redes sociais, que crescem rapidamente, ganharam destaque na
sexta-feira, um dia depois que o gigante da internet anunciou um dos
raros tropeços em seus resultados.
Os investimentos da empresa no software móvel Android e na incipiente
rede social Google+, semelhante ao Facebook, representam oportunidade
essencial de crescimento para a companhia, no futuro. Mas Wall Street
ainda está tentando compreender seu impacto de longo prazo sobre o
negócio do Google.
Na sexta-feira, as ações do Google registraram queda de mais de 8%. A
empresa não alcançou suas metas em termos de faturamento e o CPC (custo
por clique) --ou seja, o valor pago pelos anunciantes quando um usuário
clica em anúncios vinculados a resultados de buscas-- caiu pela primeira
vez em dois anos, apesar do recorde atingido pelo comércio eletrônico
nos Estados Unidos durante a temporada de fim de ano.
O Google+, rede social recentemente lançada pela companhia, tem 90
milhões de usuários no momento, ante 40 milhões há três meses.
O Android se tornou a plataforma móvel mais usada do mundo, à frente do
iOS, da Apple, sendo um importante acesso dos consumidores a diferentes
serviços do Google, e elevando o número de pessoas que veem os anúncios
veiculados pela empresa.
Em curto prazo, porém, o valor recebido pela publicidade destinada a
aparelhos móveis parece ser menor que o pago pela publicidade veiculada
em seu serviço de buscas convencional.
"Gostaríamos de estudar melhor o efeito de um aumento na proporção de
suas buscas conduzidas via aparelhos móveis", disse Ryan Jacob,
presidente do conselho e vice-presidente de investimento da Jacob Funds,
que detém ações do Google. "Eles não vêm obtendo o mesmo tipo de preços
do lado móvel que costumam obter nas buscas em computadores".
Os pesados investimentos do Google em iniciativas móveis e de redes
sociais, para enfrentar concorrentes como a Apple e o Facebook, e a
aquisição da fabricante de celulares Motorola Mobility por US$ 12,5
bilhões causam preocupações aos investidores.
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