sábado, 21 de janeiro de 2012

Hackers tentam invadir sites do Brasil e da França

Hackers do Anonymous tentaram invadir sites do Brasil e da França. Durante a madrugada, o grupo atacou a página do GDF (Governo do Distrito Federal). A invasão foi detectada pelo sistema de segurança do portal e técnicos conseguiram evitar a completa entrada dos hackers na página virtual. O site não chegou a sair do ar, segundo o GDF.
Ainda de acordo com a assessoria do governo, o portal é monitorado 24 horas contra possíveis atentados contra o sistema. O site está funcionando normalmente.
A invasão da página foi reivindicada via Twitter pelo grupo Anonymous, que também teria hackeado, ontem (20), os sites do FBI (polícia federal americana) e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O GDF, no entanto, afirmou que a origem da invasão é desconhecida.
A atuação do Anonymous teria feito parte de uma série de protestos que vêm ocorrendo nos últimos dias contra a aprovação de leis anti-pirataria nos Estados Unidos -- a Sopa (Stop Online Piracy Act) e a Pipa (Protect IP Act) --, que ainda tramitam no Congresso.
Na esteira do debate, o site Megaupload foi tirado do ar pelo governo norte-americano. Os fundadores da companhia foram acusados de desrespeitarem leis anti-pirataria, causando prejuízo estimado em US$ 500 milhões --aproximadamente R$ 880 milhões. O fechamento do Megaupload foi o estopim para a atuação do Anonymous.
O grupo também fez um breve ataque ao site da Presidência da França durante a madrugada.
Em uma captura de tela, durante uma busca no site do Palácio do Eliseu (www.elysee.fr), era possível ler a fase "We Are Legion", o conhecido lema do grupo.
Pouco depois, o acesso ao site era normal e não havia evidência de pirataria.
Na noite de sexta-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em um comunicado, saudou a decisão dos Estados Unidos de fechar o site Megaupload.com, uma das plataformas mais importante de compartilhamento de arquivos na internet.
EUA ADIAM POLÊMICA LEI
Após diversos protestos na internet, o congressista Lamar Smith, que apresentou o projeto Sopa (Lei para Parar com a Pirataria On-line, em inglês), decidiu suspender a legislação "até que haja um consenso maior por uma solução", ainda na sexta-feira (20).
"Eu ouvi as críticas e levo a sério as preocupações em relação à legislação que tem como objetivo acabar com o problema da pirataria on-line", disse Smith. "Está claro que precisamos rever a maneira de como garantir que ladrões estrangeiros parem de roubar e vender invenções e produtos norte-americanos."
O Senado americano adiou uma votação prevista para terça-feira sobre a Pipa (Lei de Proteção à Propriedade Intelectual), em estudo no Congresso, devido às recentes medidas de protesto contra o projeto, informou nesta sexta-feira (20) o chefe da maioria democrata do Senado, Harry Reid.
Páginas como a Wikipédia saíram do ar na quarta-feira (18) em protesto contra os projetos de lei antipirataria
"Diante dos acontecimentos recentes, foi decidido adiar a votação de terça-feira", afirmou Reid em um comunicado, após os movimentos de protestos inéditos na internet realizados nesta semana por Wikipédia e Google, entre outros.
"Não há razão para que as questões legitimamente levantadas por muitos neste projeto de lei não possam ser resolvidos", disse Reid.
"Fizemos bons avanços através de debates que realizamos nos últimos dias, e sou otimista de que podemos assumir um compromisso nas próximas semanas", acrescentou.
O apoio do Congresso americano à legislação --a Pipa, no Senado, e a Sopa, na Câmara-- foi se enfraquecendo devido aos protestos on-line, que apontaram os projetos de lei como um perigo para a liberdade na internet.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse na quarta-feira (18) que havia uma "falta de consenso neste ponto" na versão da Câmara do projeto de lei, e que seria necessário continuar trabalhando na comissão.


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