A Sony estuda comprar entre 20% e 30% da fabricante japonesa de material
óptico e fotográfico Olympus, que atualmente enfrenta um escândalo
financeiro, informou nesta terça-feira o diário econômico "Nikkei".
Com a aliança, a Sony buscaria equilibrar as deficiências em seu
segmento eletrônico através do reforço na área de saúde, com o aumento
de seus produtos de imagem e endoscópios e das vendas de material médico
como monitores de alta resolução.
A Olympus necessita, por sua vez, reestruturar seus negócios após
encontrar-se sob a vigilância da comissão reguladora da Bolsa de Valores
de Tóquio depois de admitir ter encoberto perdas desde a década de
1990.
O escândalo financeiro veio à tona em outubro, após a destituição do
então presidente, o britânico Michael Woodford, que após ser desligado
denunciou irregularidades em várias aquisições feitas pelo grupo no
passado.
As pesquisas descobriram uma trama financeira destinada a "maquiar"
perdas em investimentos no valor de 117,7 bilhões de ienes (US$ 1,543
bilhão). Desde o início do escândalo, a Olympus perdeu 4,5% das
participações em seu capital.
Além da Sony, há outras empresas interessadas em investir na empresa japonesa, como a Fujifilm Holdings, acrescentou o diário.
Já a fabricante de dispositivos médicos japonesa Terumo, que no final de
setembro contava com 2,5% da Olympus, manifestou a possibilidade de
ampliar sua participação na companhia.
A Olympus, que realizará uma junta de acionistas extraordinária em abril
para eleger uma nova direção e analisar os rumos da empresa, busca
alianças empresariais para incrementar seu capital e reconduzir a
companhia nesta difícil situação, concluiu o diário "Nikkei".
Há uma semana a Olympus apresentou um processo contra 19 altos
executivos da empresa, entre eles o atual presidente, Shuichi Takayama,
por sua suposta responsabilidade na fraude.
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