O Facebook e o Estado de Washington abriram na quinta-feira processo
contra uma empresa acusada da prática conhecida como "sequestro de
cliques", que ilude usuários da maior rede social do mundo, levando-os a
visitar sites de publicidade, divulgar informações pessoais e difundir a
trapaça junto a amigos.
O esquema, também conhecido como "sequestro de curtições" --porque as
vítimas são enganadas e induzidas a usar o botão "curtir" do Facebook
para perpetuá-lo--, originou US$ 1,2 milhão ao mês em faturamento à
Adscend Media, uma companhia do Delaware, de acordo com a secretaria
estadual de Justiça de Washington.
Os queixosos acusam a Adscend de lucrar com a trapaça ao recolher
dinheiro de seus clientes de publicidade por meio de usuários do
Facebook que são desviados involuntariamente para anúncios ou serviços
de assinatura.
O processo parece ser a primeira ação de um governo estadual
norte-americano contra spam via Facebook, disse Paula Selis, assessora
jurídica da secretaria de Justiça.
Representantes da Adscend e dois de seus coproprietários, acusados
juntamente com a companhia no processo, não foram localizados para
comentar de imediato.
Duas acusações distintas, mas semelhantes, apresentadas a um tribunal
federal pelo Estado e pelo Facebook acusam a Adscend de violar leis
federais e estaduais norte-americanas que proíbem práticas comerciais
enganosas ou fraudulentas nas comunicações eletrônicas, bem como
práticas empresariais desleais.
Selis disse que esquemas como o do sequestro de cliques vêm se
difundindo, e que milhares de usuários do Facebook ficaram expostos ao
spam da Adscend.
"A segurança é uma corrida armamentista", disse o diretor jurídico do
Facebook, Ted Ullyot, em entrevista coletiva no escritório da empresa em
Seattle, para anunciar os processos. "É importante que fiquemos um
passo à frente do spam e da trapaça".
O secretário estadual de Justiça, Rob McKenna, republicano que disputará
o governo estadual, disse que o Estado decidiu agir "porque
apresentamos outros processos como esse e, mais que qualquer outro
Estado, desenvolvemos conhecimentos tecnológicos e jurídicos" no campo
das fraudes cibernéticas.
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