Um tribunal da Nova Zelândia decretou nesta sexta-feira a prisão
preventiva do fundador da página de downloads Megaupload, Kim Schmitz,
que é reclamado pelos Estados Unidos.
O juiz David McNaughton, do tribunal do distrito de North Shore, na
cidade de Auckland, ditou que Schmitz e os outros três diretores da
empresa que também foram detidos permanecerão presos até que se produza a
decisão sobre seu pedido de liberdade mediante pagamento de fiança,
informou a agência neozelandesa APNZ.
Junto ao alemão Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom, também foram
postos em prisão preventiva os diretores da mesma nacionalidade Finn
Batato e Mathias Ortmann, assim como o holandês Bram van der Kolk.
Todos eles foram detidos em operações policiais realizadas em Auckland
em resposta a uma requisição feita pelas autoridades americanas, que
solicitaram a extradição dos três alemães e do holandês.
As autoridades dos EUA tiraram o Megaupload do ar nesta quinta-feira por
considerar que o site faz parte de "uma organização delitiva
responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial" que causou
mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de
propriedade intelectual de companhias.
A polícia neozelandesa informou que confiscou dos detidos e da empresa
bens avaliados em US$ 4,8 milhões, além de US$ 8 milhões depositados em
contas abertas em diversos bancos da Nova Zelândia.
No entanto, as autoridades da Nova Zelândia não devem apresentar
acusações formais contra o Megaupload, apesar de considerar que a
empresa também infringiu as leis sobre propriedade intelectual deste
país.
As autoridades americanas consideram que por meio do Megaupload, que
conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas
associadas ingressaram cerca de US$ 175 milhões.
Além das quatro detenções na Nova Zelândia, foram realizadas operações
nos Estados Unidos e em outros nove países, entre eles Holanda e Canadá.
Em resposta ao fechamento do Megaupload, o grupo de hackers Anonymous
bloqueou temporariamente o site do Departamento de Justiça e o da
produtora Universal Music, entre outros.
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