segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Uso da internet no Brasil cresce 14% em setembro, diz Ibope

O uso da internet em domicílios e locais de trabalho dos brasileiros cresceu 14% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, colocando o país acima da Alemanha, segundo dados do Ibope Nielsen Online
Dos 61,2 milhões de brasileiros com acesso à rede no local de trabalho ou em casa, 46,3 milhões foram usuários ativos no mês passado, informou o instituto de pesquisas.
O patamar é superior ao apresentado pela Alemanha, com 46,26 milhões de usuários ativos, assim como o de França e Reino Unido, países já superados pelo Brasil em agosto de 2010.
Os Estados Unidos e o Japão ainda mantêm a liderança, com 203,4 e 62,3 milhões de usuários ativos, respectivamente.
Segundo o Ibope, a velocidade de conexão dos brasileiros também tem aumentado. Em setembro, 77,8% dos usuários ativos em domicílios tinham conexão com mais de 512 Kbps, contra 61% um ano antes.
As conexões mais rápidas, de 2 a 8 Mbps, passaram a atender a 21,3% dos usuários ativos nesses locais, contra 12,1% um ano antes.
No segundo trimestre de 2011, o número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente no Brasil passou para 77,8 milhões.

Coletânea para PS3 terá versões em HD de Resident Evil para Wii

A Capcom vai lançar uma coletânea para PlayStation 3 com títulos remasterizados de Resident Evil. O anúncio ocorreu durante evento que celebrou o 15º aniversário da série, informa o Andriasang.com.
Cena do game Resident Evil: The Darkside Chronicles, para Wii
Batizada de Resident Evil Chronicles HD Selection, ela incluirá versões em alta definição de dois títulos que foram lançados para Wii: Umbrella Chronicles, de 2007, e Darkside Chronicles, de 2009.
A coletânea terá suporte para PlayStation Move. Não foram divulgados preço ou data de lançamento, nem países que receberão o lançamento.

Time coloca nas camisas apelidos de rede social dos jogadores

O Jaguares, do México, adotou uma iniciativa diferente para se promover nas redes sociais. Incentivados a criar suas contas no Twitter, jogadores do clube entraram em campo no último fim de semana com seus nomes de usuários nas costas.
O atacante Valencia (esq.) e o defensor Fuentes (dir.) desfilam com seus nomes de usuário nas costas
A campanha #rujocomojaguar, que tem como objetivo aumentar a interatividade e a presença do clube na internet, convoca os torcedores com o slogan: "No futebol como na vida, 140 caracteres são suficientes para decidir de que lado você está".
A camisa laranja do Jaguares ganhou números azuis, de cor idêntica à do Twitter, e o logo de passarinho ao lado. Abaixo da numeração, os nomes de usuário de cada atletas, como @ifuentes4, do camisa 4, o defensor Ismael Fuentes, e do patrocinador.
Animado com a receptividade dos fãs e a repercussão, o clube de apenas nove anos de vida vangloriou-se em seu site oficial: "Seguimos inovando e desta vez não só no futebol mexicano, mas em escala mundial".
A novidade pelo menos deu sorte na estreia. O Jaguares venceu o Pumas por 4 a 0 no último sábado, em casa, e está praticamente classificado para a fase eliminatória do Apertura, o Campeonato Mexicano do segundo semestre do ano.

Irã cria cibercomando para combater ataques na internet

O Irã iniciou a criação de um "cibercomando" para combater possíveis ataques de hackers contra as redes do país, informou nesta segunda-feira (31) a agência Mehr.
Segundo a fonte, o diretor da Organização de Defesa Passiva do Irã, Gholam Reza Jalali, informou nesta segunda que já recebeu o decreto que estabelece a criação dessa unidade imediatamente.
As funções desse cibercomando serão "vigiar, identificar e contra-atacar ameaças virtuais contra as infraestruturas nacionais", explicou Jalili.
No dia 16 de maio, segundo a agência, o Irã anunciou que as linhas gerais do cibercomando estavam prontas e sendo analisadas pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelas Forças Armadas.
O Irã denunciou supostos ataques virtuais, os quais atribuiu a Estados Unidos e Israel, para criar problemas em seus sistemas militares e de segurança e, principalmente, em suas instalações nucleares.

Ameaça para Mac rouba dados e extrai dinheiro virtual

Um novo malware (software malicioso) para Mac pode usar o computador infectado para produzir dinheiro virtual, além de roubar dados nele armazenados. Segundo a empresa de segurança Intego, a ameaça foi encontrada em vários aplicativos distribuídos via BitTorrent.
A Intego avisa: "Este malware é complexo e desempenha muitas operações. É uma combinação de vários tipos de malware: é um cavalo-de-troia, pois está escondido dentro de outros aplicativos; é um backdoor, pois abre portas e pode aceitar comandos de servidores de controle e comando; é um stealer, pois rouba dados e dinheiro virtual Bitcoin; e é um spyware, pois envia dados pessoais a servidores remotos".
O malware, batizado de DevilRobber.A pela empresa, tenta gravar informações de histórico, credenciais e carteira virtual Bitcoin. Além disso, ele faz varreduras pela rede local do Mac e buscas por pornografia infantil, entre outras tarefas.
O Bitcoin é uma moeda virtual livre do controle de instituições financeiras. O sistema permite que usuários usem poder de processamento de seus computadores para "extrair" Bitcoins, por meio de um método chamado de "mineração" (mining). O DevilRobber usa a CPU (processador central) e a GPU (processador gráfico) do computador infectado para fazer mineração de Bitcoin.
A Intego informa que o malware não está muito disseminado e faz as recomendações de praxe: evitar fazer download de sites não confiáveis e trackers BitTorrent que distribuem software ilegalmente.

Apple adaptará AirPlay e iMessage para Mac OS X, diz site

A Apple está trabalhando em uma nova versão de software para seus desktops e notebooks que adiciona a possibilidade de usar o iMessage e o espelhamento de conteúdo para outros monitores, sem necessidade de cabos.
As informações são do 9to5Mac, que cita fontes envolvidas no projeto. Televisores e monitores conectados à Apple TV já conseguem fazer o espelhamento via AirPlay com o iPad 2 --sem conexão por meio de cabos, o usuário pode replicar as ações do tablet na tela da TV. Com a versão para Mac, seria possível espelhar o conteúdo de qualquer máquina com o sistema OS X Lion, último sistema operacional da Apple.
Já o iMessage, novo sistema de mensagens gratuitas entre aparelhos com iOS 5, poderia ser lido direto na tela do computador. Linhas de código da nova versão do iChat, serviço de bate-papo da Apple para Mac OS X, já indicavam que ambos os programas se misturariam no futuro.

Aplicativo Roamz ajuda a descobrir eventos por perto

Em vez de procurar no jornal local ou nas redes sociais, um novo aplicativo permite que o usuário elimine lacunas quanto a eventos locais e o que está acontecendo por perto.
O aplicativo, chamado Roamz, reúne dados de redes sociais sobre o que está acontecendo em estabelecimentos locais. Jonathan Barouch, fundador e executivo-chefe da Roamz, disse que a explosão de conteúdo social em redes como a do Twitter serve perfeitamente a essa finalidade.
"Digamos que eu esteja caminhando por uma rua de Sydney e esteja acontecendo uma feirinha gastronômica no Hyde Park. Como descobrir a respeito? A menos que eu siga alguém que decida postar sobre isso no Twitter ou no Foursquare, ficarei sem saber," disse Barouch.
O aplicativo recolhe dados abertos ao público do Twitter, do Facebook, do Foursquare e do Instagram sobre um evento local, criando um feed personalizado de acordo com os interesses dos usuários, classificado em dez categorias que variam de atividades para crianças a atividades que envolvam animais de estimação, passando por restaurantes, atrações, comércio e vida noturna.
"Nossa visão era filtrar milhões de posts e itens de conteúdo para identificar os sinais realmente relevantes para um usuário no momento em que são relevantes," explicou Barouch.
Usando inteligência artificial, o aplicativo vai se tornando mais preciso ao aprender sobre como um usuário classifica determinados locais e ao estudar os tipos de conteúdo carregados ou visitados frequentemente. As informações assim obtidas são usadas para refinar os dados apresentados.
Lançado na conferência Web 2.0 em San Francisco, na semana passada, o aplicativo já teve 8.000 downloads. Mas ainda restam dificuldades a resolver.
"Lançamos como qualquer boa empresa nova faz --um pouco antes do que deveríamos", disse Barouch. "Poderíamos ter trabalhado por mais seis ou oito meses no desenvolvimento."
A companhia planeja ampliar o conteúdo disponível, que é escasso para determinadas regiões no momento. Enquanto áreas densamente povoadas, a exemplo de Manhattan, contam com conteúdo atualizado em intervalo de poucas horas ou minutos, em cidades como Perth, na Austrália, há menos conteúdo e menor frequência de atualização.
O aplicativo, gratuito, está disponível para iPhone.

Panasonic perde US$ 1,3 bi e prevê maior perda anual da década

A Panasonic encerrou o segundo trimestre do ano fiscal de 2012 com um prejuízo de 105,8 bilhões de ienes (US$ 1,3 bilhão), comparado a um lucro de 31 bilhões de ienes (US$ 380,9 milhões) registrado um ano antes.
A companhia atribuiu o resultado a fatores como a queda nos preços, o recuo nas vendas em virtude do terremoto seguido de tsunami ocorrido em março no Japão e a valorização do iene. Outros pontos citados pela fabricante são a desaceleração mundial da economia e a queda na demanda dos mercados emergentes.
Sob esse cenário, a companhia revisou as previsões de fechamento para o ano fiscal de 2012. O prejuízo esperado para o período é de 420 bilhões de ienes (US$ 5,53 bilhões), frente a uma estimativa anterior de lucro de 30 bilhões de ienes (US$ 395 milhões). A cifra representaria a maior perda da companhia em dez anos.
No trimestre, a receita da fabricante japonesa de eletroeletrônicos e eletrodomésticos apresentou um declínio de 6% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior e atingiu 2,075 trilhões de ienes (US$ 27,3 bilhões).
As vendas no mercado doméstico somaram 1,068 trilhão de ienes (US$ 14,08 bilhões), queda de 6%, enquanto as vendas em outros mercados registraram o mesmo patamar de recuo, concentrando 1,066 trilhão de ienes (US$ 14,05 bilhões).
Entre julho e setembro, o lucro operacional, por sua vez, recuou de 85,2 bilhões de ienes (US$ 1,1 bilhão) reportado um ano antes para 42 bilhões de ienes (US$ 553,8 milhões).
Em relação à receita, a nova projeção é de 8,3 trilhões de ienes (US$ 109,4 bilhões), ante uma previsão inicial de 8,7 trilhões de ienes (US$ 114,7 bilhões).

Irmã de Steve Jobs escreve artigo emocionante sobre o irmão

A romancista Mona Simpson saudou seu irmão, Steve Jobs, como uma alma amorosa, em um comovente artigo publicado no domingo (30) no jornal "The New York Times".
Simpson, que conheceu Jobs quando os dois tinham mais de 20 anos, destacou a importância que o amor tinha para seu irmão.
"Ele era como uma menina pelo tempo que passava falando sobre o amor", afirmou a escritora, filha da mãe biológica de Jobs, que o deu em adoção ao nascer e não contou à filha sobre ele.
"O amor era para ele sua virtude suprema, seu deus entre os deuses", afirmou Simpson.
Mona leu o mesmo texto em 16 de outubro, durante uma cerimônia em que celebridades de pesos pesados do Vale do Silício se reuniram privadamente para prestar homenagem ao fundador da Apple na Universidade Stanford.
Convidados chegam à Igreja Memorial, na Universidade Stanford, para homenagem a Steve Jobs

Bill Gates diz que rivalidade com Steve Jobs foi positiva

Bill Gates rebateu com calma algumas críticas de Steve Jobs, em uma entrevista ao canal ABC, na qual afirmou que a rivalidade profissional foi positiva.
Gates, que competiu durante muitos anos com o cofundador da Apple, foi questionado sobre a biografia autorizada de Jobs escrita por Walter Isaacson, que retrata Gates como alguém pouco inspirado.
"Jobs basicamente disse que você não tinha imaginação, nunca havia inventado nada e roubou descaradamente ideias de outras pessoas. Isso é algo bastante duro. Qual sua resposta a isto?", perguntou um jornalista a Gates.
Steve Jobs e Bill Gates durante conferência na Califórnia, em 2007, em que ambos comentaram suas carreiras
"Bem, Steve e eu trabalhamos juntos, você sabe... na criação do Mac. Havia mais gente nisso, fizemos o software chave para ele", explicou Gates.
"Assim, ao longo dos 30 anos que trabalhamos juntos, ele disse um monte de coisas muito bonitas e um monte de coisas duras sobre mim."
"Quero dizer, ele enfrentou várias vezes na Apple o fato de seus produtos terem preços tão altos que literalmente não podiam permanecer no mercado. De modo que o fato de alcançarmos sucesso com produtos de grande volume, oferecendo uma gama de preços, devido à maneira como trabalhávamos com várias empresas, era difícil."
"Assim, em diversos momentos, ele se sentia incomodado, sentia que ele era o cara bom e nós éramos os maus. É muito compreensível."
"Eu respeito Steve, você sabe. Trabalhamos juntos. Nos estimulamos mutuamente, mesmo como competidores. Nada disto me incomoda em absoluto", disse Gates à ABC.
Jobs morreu no início de outubro aos 56 anos, após uma longa batalha contra o câncer de pâncreas.

domingo, 30 de outubro de 2011

Internautas ajudam a implantar inteligência humana em robôs

Robôs com inteligência artificial avançada são capazes de vencer um campeão de xadrez, mas têm dificuldade para executar tarefas tão simples quanto preparar uma tigela de cereal com leite.
Cientistas começaram a resolver isso dando um passo atrás: implantaram nos robôs inteligência humana, "natural", capturada via web, com ajuda de internautas.

A abordagem se baseia no uso de autômatos que aprendem por demonstração: uma pessoa guia a máquina em uma determinada tarefa, e depois ela repete o que o usuário fez. A ideia surgiu há três décadas, mas problemas práticos impediam o progresso.
"A coisa mais difícil para os robôs é entender o que os humanos querem deles", explica Chad Jenkins, da Universidade Brown, de Rhode Island (EUA), um dos cientistas que têm aprimorado o aprendizado robótico.
É por causa da dificuldade de comunicação, em parte, que robôs versáteis como Rosie, a babá do desenho "Os Jetsons", só existem na ficção. O treino por demonstração só funciona se o robô cumpre a tarefa sob as exatas condições de aprendizado.
Se colocamos uma jarra de leite, uma caixa de cereal e uma tigela numa mesa, podemos ensinar um robô a despejar cereal e leite na tigela. Ao mudarmos os objetos de posição, porém, o autômato fica incapaz de repetir a tarefa sem emporcalhar a mesa.
Cientistas como Wolfgang Ertel, da Universidade de Ciências Aplicadas de Ravensburg em Weingarten, na Alemanha, têm conseguido superar esse problema projetando novos tipos de algoritmo, a "mente" matemática dos autômatos. Kate, a robô criada pelo grupo, é capaz de localizar uma xícara em uma mesa, posicioná-la numa cafeteira e ligar a máquina.
Repetindo a demonstração e mudando a posição do objeto algumas vezes, a robô "entende" o desejo do pesquisador. Ertel recebeu agora uma verba de € 2 mihões para continuar o projeto e tentar fazer Kate realizar tarefas mais complexas.
Alguns movimentos, porém, são tão difíceis para um robô que exigem centenas de repetições da demonstração. Nos EUA, Jenkins resolveu esse problema com o crowdsourcing, a prática que divide atribuições trabalhosas em uma multidão de pequenas tarefas via internet.
Bastou conectar o robô à web e deixá-lo à disposição de quem estivesse disposto a contribuir com o aprendizado do autômato. Deu certo: o cientista já conseguiu ensinar um pequeno robô a navegar em um labirinto.

sábado, 29 de outubro de 2011

Randi Zuckerberg, irmã de Mark, agora em carreira solo

"Quem quer uma dose de tequila?", gritou Randi Zuckerberg por sobre o ruído de "Baby One More Time", o tema de Britney Spears para um fim de relacionamento.
Era quase meia-noite, uma quarta-feira chuvosa de setembro, e mais de uma dúzia de convidados de Randi Zuckerberg, a irmã mais velha do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, lotava uma sala privativa do Japas 38, um clube de karaokê de Manhattan.
Os convidados aplaudiram quando a anfitriã ergueu uma garrafa de tequila e percorreu as mesas, servindo doses. O aroma era de cerveja chocha e molho shoyu. Depois que o sal foi lambido, os copos de plástico virados e as fatias de limão espremidas, ela tomou o microfone e interpretou uma versão feroz de "I Will Survive".
Randi Zuckerberg, irmã mais velha do cofundador do Facebook, canta em uma festa em Palo Alto, Califórnia
Em agosto, Randi Zuckerberg, 29, deixou seu emprego no Facebook, do qual foi um dos primeiros 20 funcionários. Quando deixou a companhia, ela ocupava uma diretoria de marketing. Nos dias iniciais do projeto, ela era presença constante e representava o irmão reticente nos contatos com a imprensa, ansiosa por saber mais sobre a companhia. Mais tarde, conquistou atenção (e nem sempre positiva) como cantora de uma banda formada por funcionários que costumava tocar nos eventos da empresa. E foi dela a ideia do Facebook Live, o canal de vídeo do site social, que entre outras coisas realizou entrevistas conduzidas por executivos da empresa com Oprah Winfrey e o presidente Barack Obama.
Agora ela fundou uma empresa, a RtoZ Media, para ajudar outras companhias a aproveitar melhor a mídia social.
"Esta é a festa de lançamento de Randi Zuckerberg", ela declarou no karaokê, sorrindo.
Zuckerberg vive em uma casa alugada em Palo Alto, Califórnia, e suas ambições vão além da internet. "Quero apresentar um programa de entrevistas", ela disse, dois dias antes, no Mercer Hotel. Também quer cantar na Broadway. E tem interesses filantrópicos: em sua passagem por Nova York, conduziu entrevistas on-line ao vivo com participantes da Clinton Global Initiative e compareceu a uma recepção de gala da ONU.
Mulheres mais velhas que servem como mentoras a aconselharam, diz Zuckerberg, a controlar o lado mais extravagante de sua personalidade, mas ela não seguiu o conselho. "Vivemos em um mundo novo, e nele uma mulher pode ser levada a sério e continuar fazendo aquilo que ama", disse.
Três semanas depois da noitada no karaokê, ela palestrou em uma conferência patrocinada pela Bolsa de Valores de Nova York. Depois viajou a Varsóvia para debater com 2.000 executivos de mídia e telecomunicações sobre mídia social. E o espólio de Michael Jackson a contratou para apresentar um programa on-line na página do astro pop no Facebook.
"Todos os artigos escritos sobre mim até hoje me descrevem como Randi Zuckerberg, a irmã de Mark. Minha esperança é que um dia as pessoas tenham mais a dizer sobre mim", afirmou.
Zuckerberg nasceu em 1982 e passou infância em Dobbs Ferry, Nova York, uma cidade no vale do rio Hudson, a 40 minutos de Manhattan. Ela é dois anos mais velha do que Mark, e os dois têm mais duas irmãs, mais jovens. Quando menina, ela estudou piano, mas o que queria mesmo era cantar. Matriculou-se na Universidade Harvard em 1999 e estudou psicologia depois de ser recusada pelo departamento de música, segundo ela porque sua técnica ao piano era deficiente. Mas continuou a cantar, sob o pseudônimo Randi Jayne.
Em 2002, seu irmão começou a estudar em Harvard. "Não sei se Mark e eu algum dia conversamos sobre os nossos sentimentos, mas estudamos em Harvard na mesma época e passávamos bastante tempo juntos", diz, acrescentando que "éramos bem próximos". Ela se formou em 2003 (e o irmão abandonou a universidade sem concluir o curso). Randi se mudou para Nova York, onde foi contratada pela agência de publicidade Ogilvy & Mather, e em 2004 se tornou assistente de produção do programa "Forbes on Fox", com salário anual de US$ 32 mil.
Em 2005, Mark, que já havia trocado Harvard por Palo Alto e obtido US$ 12,7 milhões em capital para o Facebook, a contratou. "Ele ligou para nossa mãe e disse que estava preocupado porque minha carreira parecia empacada", conta Randi. "E depois me convidou para ir à Califórnia e disse achar que eu gostaria de lá." O irmão lhe mandou uma passagem e, durante sua visita à empresa, pediu sua opinião sobre o design do logotipo do Facebook.
"Eu nunca tinha sido convidada a tomar uma decisão", disse Randi Zuckerberg, acrescentando: "Logo me entusiasmei com a coisa".
Na última noite de sua visita, ela foi ao escritório do irmão para negociar sua contratação. Mark, então com 21 anos, estava sentado à sua mesa e entregou uma folha de papel à irmã com duas linhas escritas. A primeira informava o seu salário, e a segunda, o número de opções de ações que receberia. Ela rabiscou as opções de ações, dobrou o valor do salário e devolveu a folha. "Ele apanhou o papel e escreveu de novo a oferta original", ela conta. "E me disse para confiar nele, e que eu na verdade não queria o que achava querer."
Ela começou na empresa como executiva de marketing, mas não mencionava muito o fato de que era irmã do presidente.
Randi Zuckerberg (dir.) e sua mãe, Karen, conversam durante evento em Nova York
Zuckerberg é bem parecida com o irmão --olhos grandes, nariz comprido e um corpo franzino. Mas é mais desenvolta e logo se tornou um contato informal na empresa para os jornalistas.
A conexão com o irmão teria bastado para chamar a atenção do vale do Silício, mas seu lado artístico não queria ficar na sombra. Em 2007, ela produziu um vídeo musical amador que circulou bastante, no qual satirizava a cultura das novas companhias do vale do Silício, e logo começou a tocar nos eventos da empresa.
"Randi sempre batalhou para o Facebook não se tornar um Google", disse Chris Kelly, antigo vice-presidente de questões de privacidade do Facebook.
Mas ela de vez em quando emitia notas dissonantes. Em sua festa de despedida de solteira, em 2008, no Hard Rock Hotel de Las Vegas --ela se casou com Brent Tworetzky, executivo do Chegg.com, um serviço de locação de livros didáticos, e os dois têm um filho de cinco meses, Asher--, sua amiga Julia Allison, figura conhecida na internet, gravou um vídeo que mostrava Randi rebolando em um maiô branco justo à beira da piscina, usando uma tiara e um boá cor-de-rosa e dublando a canção "Chapel of Love". Allison postou o vídeo on-line, que valeu muita zombaria para a amiga.
"Creio que no começo eu era um pouco irresponsável com a minha criatividade", diz Zuckerberg. "Não pensava muito em desenvolver minha marca pessoal ou em minha responsabilidade para com a empresa."
Se isso causou insatisfação ao irmão, ela diz que ele nunca tocou no assunto. Mas conta que ele expressou sua ira por um vídeo que ela postou em maio de 2009, no qual discutia a recepção menos que calorosa ao Facebook na convenção nacional do Partido Republicano.
"Mark não gostou disso e conversou comigo a respeito", ela diz.
A despeito desses tropeços, ela desenvolveu ou supervisionou muitos projetos de mídia e política ambiciosos para o Facebook. Em janeiro de 2009, a empresa e a CNN formaram uma parceria, e o discurso de posse do presidente Obama foi transmitido ao vivo via Facebook. Zuckerberg foi indicada ao prêmio Emmy pela série "Vote 2010", da rede de TV ABC, que permitia aos usuários do serviço acompanhar a cobertura das eleições do ano passado no Facebook.
Ela diz que saiu "um pouco do esquadro" no ano passado e montou um estúdio improvisado em uma salinha na sede da empresa para gravar entrevistas com visitantes que atraíam o seu interesse. Isso a levou a conduzir entrevistas on-line ao vivo para o Facebook em diversos eventos, entre os quais o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde entrevistou o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair.
"Se eu tivesse informado o comando da empresa sobre o conceito ou a teoria, eles teriam recusado", diz ela. "Quando as pessoas perceberam o que eu estava fazendo, era tarde demais."
No começo deste ano, ela diz que começou a perceber que muitos dos projetos que propunha estavam sendo entregues a outras equipes para que os administrassem, sem a sua anuência. "Isso foi um pouco frustrante", conta, e acrescenta que não discutiu a situação com o irmão. Mas, à medida que o Facebook se tornava mais burocrático, o espaço para uma personalidade como a dela parecia diminuir. "Para mim, tentar manter a discrição sempre foi muito difícil", conta.
Por isso, ela decidiu pedir demissão. E conta que recentemente aconselhou Arielle, sua irmã mais nova, que trabalha para a Wildfire Interactive, uma companhia de software de Redwood City, Califórnia, que não deveria trabalhar para o Facebook antes de estabelecer reputação própria.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
*
RAIO X
RANDI ZUCKERBERG
IDADE
29 anos
EMPREGO ATUAL
Executiva-chefe da RtoZ Media
GRADUAÇÃO
Psicologia em Harvard
CASADA COM
Brent Tworetzky, executivo do Chegg.com
MORA EM
Palo Alto, na Califórnia

Livro diz que Google controla silenciosamente a internet

O que palavras aparentemente desconexas como Disney, cachorro e amendoim têm em comum?
Para a maioria das pessoas, elas não revelam muito, mas, se digitadas no Google, apontam que a interessada nos temas é possivelmente uma mulher, mãe de filhos pequenos e que sofre de alergias específicas.
Pode ser ainda que, a partir da identificação de seu perfil, a internauta veja mais propagandas de produtos infantis, indicações imobiliárias e, dali a alguns anos, até sugestões de escolas para adolescentes.
Não se trata de pura adivinhação, mas da era em que informações aparentemente simples viram material precioso para previsões de comportamentos.
É o que relata Siva Vaidhyanathan, professor da Universidade da Virgínia em "A Googlelização de Tudo".
Mestre em criar conexões invisíveis baseadas nos interesses dos usuários pesquisados na ferramenta de busca, o Google é, na visão do professor, a principal ameaça à privacidade de dados pessoais nos dias de hoje.
Isso porque não esclarece que tudo o que se coloca na rede pode ser monitorado por seus sistemas de identificação de navegação (os chamados cookies) nem informa com precisão como os usuários podem configurar seus critérios de busca para proteger suas informações.
A lógica perversa do Google, na avaliação de Vaidhyanathan, está ainda em transmitir ao mundo que o acesso a seus serviços é gratuito, enquanto o verdadeiro custo está na troca por detalhes da personalidade de cada um.
São essas informações que renderão lucro à empresa, com a venda de anúncios direcionados a perfis específicos de usuários.
Dividida em seis capítulos, a primeira parte da narrativa se concentra em mostrar o triunfo da aceitação da "googlelização" -presença cada vez mais frequente do buscador em diversas áreas do conhecimento.
Indica ainda a criação de uma geração superficial, que aceita ver o mundo por meio dos resultados de buscas no Google em detrimento de conhecimentos profundos.
Desliza, no entanto, ao considerar o buscador como o principal vilão da internet, reduzindo a importância de outras ferramentas concorrentes e das redes sociais, que hoje podem ser a maneira mais avançada para acumular informações sobre os internautas.
Na segunda parte do livro, o autor apresenta elementos políticos, filosóficos e até psicológicos pelos quais tenta provar necessária a reação dos internautas às forças dominantes na rede.
O livro é para quem quer conhecer os bastidores dessa potência da internet mundial, mas não traz provas concretas -além do relato do autor- sobre se o Google é bom, mau ou se é apenas esperto ao aproveitar o espírito de "compartilhamento" dos internautas na rede.
É o início da análise sobre a dinâmica do controle da informação virtual, mas está longe de ser uma resposta definitiva para a questão.
A GOOGLELIZAÇÃO DE TUDO
Autor Siva Vaidhyanathan
Editora Cultrix
Quanto R$ 35,91 (272 págs.)
Tradução Jeferson Luiz Camargo
Avaliação Regular

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Problemas de bateria atingem iPhone 4S; Apple desconhece motivo

Alguns usuários estão tendo problemas com a duração de bateria do novo smartphone da Apple, o iPhone 4S. Segundo o site do "Guardian", o aparelho perde grande parte de sua carga mesmo em standby, e engenheiros da empresa ainda não sabem o motivo.
Usuários dizem que o iPhone 4S chega a perder 10% de bateria a cada hora, mesmo em standby. O "Guardian" afirma que o problema pode estar relacionado com a importação de contatos do MobileMe e do Google. Até então, não há conexão do problema com o novo sistema de comando de voz do aparelho, o Siri.
Phil Schiller, vice-presidente sênior de marketing de produto da Apple, apresenta o iPhone 4S em evento
Funcionários da Apple entraram em contato com donos do aparelho que reclamaram da performance de bateria. Para entender o problema, os engenheiros pediram para instalar um sistema de monitoramento nos celulares com o problema para descobrirem o que está acontecendo.
O "Guardian" nota que, apesar de prometer a mesma duração de bateria do iPhone 4S em ligações, a Apple diminuiu a expectativa de duração de bateria em standby --de 300 horas no iPhone 4 para 200 horas no iPhone 4S.

Aplicativo permite a manifestante avisar que está sendo preso

Os manifestantes americanos ganharam importantes aliados, os programadores de software, que desenvolveram um aplicativo de smartphone para alertar advogados e familiares sobre eventuais prisões e outro que permite fazer discursos à multidão por meio dos telefones.
Um aplicativo gratuito chamado I'm Being Arrested (Estou sendo preso) começou a ser vendido na quinta-feira (27) na loja on-line Android Market, que oferece programas para smartphones equipados com o sistema operacional Android, do Google.
"Avise seu advogado, familiares, etc. de que está sendo preso com apenas um clique", anuncia a descrição do aplicativo para ativistas e manifestantes que estiverem participando dos protestos "Occupe Wall Street" em várias cidades americanas.
Telas do aplicativo I'm Getting Arrested, que permite a manifestante avisar sobre prisão
O programa permite aos usuários configurar uma lista de pessoas que receberão uma notificação por meio de uma mensagem de texto no telefone em caso de prisão iminente, ativada por uma única tecla do aparelho.
O site www.movements.org publicou na quinta-feira instruções sobre como obter, instalar e utilizar o aplicativo, incluindo a recomendação de adicionar às mensagens dados de quem e onde está protestando no momento.
Entre os comentários publicados no site da loja do Android estão também alguns que pedem uma reconfiguração do aplicativo, para que inclua a localização via satélite das pessoas de forma automática.
O aplicativo está disponível em inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, turco e catalão.
Os manifestantes também utilizam outro software, o Vibe, que permite às pessoas que têm um telefone da Apple ou com Android trocar de forma anônima mensagens curtas que são configuradas para serem apagadas depois de um curto período de tempo.
A ideia é que as mensagens desapareçam e não possam ser encontradas pelas autoridades caso elas confisquem os telefones.
Outro aplicativo para Android, o Shouty, permite aos manifestantes fazer discursos para a multidão por meio dos smartphones, evitando assim as proibições policiais de utilizar megafones.
Os aplicativos para Android saem muito antes no mercado, pois não são submetidos ao rígido processo de testes realizado pela Apple para avaliar os programas para seus aparelhos.
Especialistas em informática trocam ideias sobre esses aplicativos durante os "hackathons", reuniões de programadores com o objetivo de desenvolver o chamado "software colaborativo", com projetos que incluem programas para registrar a brutalidade policial e tutoriais para ativistas.

Preços em sites de compras na internet sobem 0,7% em outubro

O preço dos produtos à venda em sites da internet subiu 0,7% em outubro, após dois meses de índices negativos em agosto e setembro. Os itens que mais puxaram a alta dos preços foram das categorias "cine e foto" (2,5% de aumento), "linha branca" (2,2%) e "livros" (1,6%).
Outras categorias que tiveram alta de preços, segundo o índice e-Flation, foram "perfumes e cosméticos" (alta de 1,3%), "eletroeletrônicos" (0,7%) e "brinquedos" (0,2%).
Ajudaram a frear a inflação em outubro os itens de "telefonia e celulares" (queda de 2,9%), "CDs e DVDs" (1,6%), "medicamentos" (0,4%), "eletroportáteis" (0,2%) e "informática" (0,1%).
"Por conta da proximidade do Natal, já notamos aumento nos preços, tanto no comércio eletrônico como em lojas físicas. Com isso, a tendência é que, até o final do ano, continuará sendo constatada inflação sazonal em diversas categorias", diz Cláudio Felisoni, presidente do conselho responsável pela pesquisa.
O e-Flation, indicador da FIA (Fundação Instituto de Administração), tem como proposta monitorar as variações dos preços de produtos ofertados on-line, acompanhando as tendências no mercado de consumo pela internet.
A variação de preços é avaliada entre a segunda quinzena do mês anterior à primeira quinzena do mês em referência (no caso do levantamento, entre 16 de setembro e 15 de outubro). Os itens que compõem a cesta de cada uma das categorias são os mais anunciados entre os sites mais procurados --os chamados de "campeões de vendas".

Tablet da Positivo começa a ser distribuído para varejistas

O tablet da Positivo Informática já começou a ser distribuído para varejistas e deve ter impacto nas vendas da fabricante de computadores a partir da próxima semana, informou a companhia.
O produto, lançado oficialmente em 20 de setembro, estava prometido para a segunda quinzena de outubro e começou nesta semana a ser distribuído a varejistas, segundo informações da assessoria de imprensa da Positivo.
A maior fabricante de computadores do Brasil aposta em preços menores que os dos produtos concorrentes e na oferta de conteúdo nacional dedicado, tanto de aplicativos quanto de serviços.
O tablet Ypy 7, da Positivo Informática
O tablet da Positivo --batizado de Ypy-- em versão com tela de 7 polegadas chega ao varejo com recursos de comunicação sem fio (Wi-Fi e 3G), ao preço sugerido de R$ 999 na versão mais barata.
Contudo, grandes vareistas como Extra, Ponto Frio, Magazine Luiza já anunciavam o produto a partir de R$ 899 em seus websites.
O Ypy deve apertar as margens da Positivo em meio à forte concorrência, mas pode ter futuro se os baixos preços forem mantidos e a empresa ganhar escala nesse mercado, segundo analistas.

Smartphone Samsung Galaxy Nexus chega ao Brasil no início de 2012

A Samsung Brasil confirmou hoje que pretende lançar no país o Galaxy Nexus, smartphone criado em parceira entre a empresa e o Google. O aparelho deve chegar às lojas no primeiro trimestre de 2012.
O aparelho é o primeiro a ter a versão mais atual do sistema Android, a 4.0, que traz mudanças radicais na estética e no funcionamento do software. O aparelho tem tela de Amoled de 4,65", processador de 1,2 GHz e dois núcleos e até 32 Gbytes de armazenamento.
Galaxy Nexus, smartphone com Android 4.0, com previsão de chegada ao Brasil no início de 2012
No ano passado, a Samsung Brasil havia confirmado o lançamento do antecessor do Galaxy Nexus no país, o Nexus S, mas cancelou a vinda do aparelho. A empresa alegou problemas na homologação do Nexus S, informação negada pela Anatel.
A página oficial do Galaxy Nexus já está no ar, traduzida para português. É possível cadastrar-se para receber mais informações sobre a disponibilidade do aparelho.

HP decide manter unidade de PCs; WebOS não tem futuro definido

A Hewlett-Packard abandonou o plano de separar sua divisão de computadores pessoais, um mês depois da queda do executivo-chefe Leo Apotheker, cuja ideia de fazer isso teria custado bilhões de dólares em despesas e negócios perdidos.
A nova executiva-chefe da empresa, Meg Whitman, que substituiu Apotheker, havia prometido decidir rapidamente sobre a questão, que estava começando a alienar parceiros, investidores e compradores de computadores HP.
Meg Whitman, executiva-chefe da HP, num evento político em 2008
Mas Whitman ainda tem uma questão por resolver: o futuro do software WebOS. Apotheker colocou em risco o futuro da divisão WebOS depois de cancelar o tablet TouchPad, que usa o software em questão, devido às vendas fracas.
A HP continua a avaliar o futuro do software, o que inclui a possibilidade de desenvolver um novo tablet acionado por ele, disse Whitman em entrevista.
"A questão que temos na mesa agora é o que fazer com o software WebOS, e se voltaremos ao mercado com aparelhos WebOS", disse ela. "Obviamente não seria o mesmo aparelho, mas uma versão 2.0."
Whitman, candidata derrotada ao governo da Califórnia, disse que decidiu manter a divisão de computadores porque "os números em favor disso pareciam cada vez mais convincentes".
Promover a cisão da unidade teria custado US$ 1,5 bilhão em despesas extraordinárias à companhia, e mais US$ 1 bilhão em custos anuais, informou a HP.
A retenção da divisão de computadores representa nova reviravolta de estratégia de uma companhia que havia anunciado poucas semanas atrás que a escolha mais provável seria a venda da unidade.
"Essa é a decisão mais pragmática e permitirá que continuem a aproveitar plenamente os benefícios de uma cadeia de suprimentos plenamente integrada", disse Mark Fabi, analista do Gartner, acrescentando que a escolha também demonstrava o poder de decisão de Whitman como executiva-chefe.
"E isso era algo que estava claramente em falta na companhia ao longo dos últimos 12 meses", acrescentou.
A maior companhia mundial de tecnologia em faturamento chocou os investidores ao anunciar em agosto que estava avaliando escolhas estratégicas para a divisão que inclui a fabricação de computadores, e que suspenderia a produção de seu novo tablet, como parte de uma virada estratégica que a afastaria dos produtos para o consumidor.

Google faz nova tentativa para entrar no mercado de TV

O Google está fazendo outro esforço para levar sua astúcia na internet para aparelhos de televisão, na esperança de entrar em um mercado vasto e novo apesar da fraca reação dos consumidores à primeira tentativa.
A companhia de buscas na web anunciou uma renovada versão do Google TV na sexta-feira (28), trazendo novas funcionalidades que visam tornar o produto mais fácil de usar e mais atraente para os consumidores.
Visitantes do Google I/O, evento voltado a desenvolvedores, testam programa da Vevo com o Google TV
A versão 2.0 do Google TV fornece novas ferramentas para recomendação de filmes, programas de TV e vídeos on-line, e torna mais fácil para desenvolvedores de software criar novas aplicações para a tela de televisão.
"Há muita sede de usar internet na sala de estar", disse o vice-presidente de gerenciamento de produtos Mario Queiroz, que está liderando o projeto Google TV.
Mas em um sinal dos muitos desafios frustrados do Google para conquistar as salas de estar, bem como as tentativas de outras empresas de tecnologia, como a Apple, Queiroz descreveu a Google TV como uma "aposta de longo prazo."
"Eu não sei o mês exato em que isso vai decolar", disse ele à Reuters durante uma demonstração do novo produto na sede do Google na Califórnia, semana passada. "Eu acho que tem havido um grande progresso em relação ao ano passado e no ano que vem haverá muito mais progresso."
A Google TV, que atualmente vem embutida em alguns modelos de televisores da Sony e de produtos da Logitech International, permite aos consumidores acessar vídeos on-line e sites em suas TVs, bem como se divertir com aplicativos, como games.
O Google não revela quantos usuários tem para o Google TV, que foi lançado com grande alarde no ano passado. Mas alguns analistas dizem que a versão 1.0 do produto tem sido um fracasso.
"A fogueira que eles estavam tentando acender nem sequer gerou faísca", disse o analista James McQuivey, da Forrester Research.
O preço de US$ 299 para o Google TV mais barato era muito alto, disse McQuivey. A Logitech, desde então, reduziu o preço para US$ 100. E o fato de muitas das redes de televisão, talvez sentindo uma ameaça do Google, terem bloqueado seus programas no Google TV criou confusão entre os consumidores, disse ele.
Mas a TV é um segmento muito atrativo para o Google ignorar, concordam analistas, especialmente para uma companhia que gerou 96% de suas receitas em 2010 de publicidade --e, segundo a empresa de pesquisas IDC, o segmento publicitário televiso deve ficar próximo a US$ 70 bilhões nos EUA apenas neste ano.

Robôs ajudarão população que envelhece no Japão

Num momento em que o mundo se prepara para viver com 7 bilhões de seres humanos sobre a Terra, o Japão está enfrentando uma diminuição e o envelhecimento de sua população, que deverá contar cada vez mais com a ajuda dos robôs.
Uma ampla gama de empresas, das que oferecem cuidados médicos às que fabricam automóveis, estão desenvolvendo robôs capazes de ajudar as pessoas mais velhas ou seus cuidadores.
Emiko Tsunematsu, 84, à esquerda, usa robô desenvolvido pela Universidade de Tsukuba
Entre as últimas invenções está uma cama, projetada pela Panasonic, que se transforma em uma cadeira de rodas elétrica, e um robô programado para lavar o cabelo de pessoas que têm dificuldade para levantar os braços.
"Nossa ideia é oferecer uma solução completa para a sociedade que envelhece, não apenas no Japão, mas também no mundo", disse Yukio Honda, diretor do centro de desenvolvimento de robôs da Panasonic.
Os japoneses têm uma das mais altas taxas de longevidade no mundo, com uma vida útil média de 80 anos para os homens, e de 86 para as mulheres, e contam com um grande número de pessoas centenárias.
No entanto, a taxa de natalidade japonesa, cronicamente baixa, está apagando o "baby boom" do pós-guerra.
Atualmente, o arquipélago conta com 127,7 milhões de habitantes, dos quais 23,2% têm mais de 65 anos.
A população deve cair para 89 milhões no ano 2055, com uma proporção de quatro japoneses idosos em dez, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa sobre a População e a Segurança Social.
Alguns analistas pensam que uma população menor não é um problema em si, como demonstram os êxitos econômicos e diplomáticos conquistados por muitos países europeus menos populosos que o Japão.
No entanto, um envelhecimento da população conduz a todo tipo de dificuldades, em particular para as finanças do país, já esgotadas por duas décadas de estancamento econômico.
Um maior número de aposentados significa, inevitavelmente, um aumento no gasto em proteção social, quando a dívida pública do Japão, que equivale a duas vezes o PIB do país, já é uma das mais altas do mundo industrializado.
Por outro lado, a sociedade japonesa não incentiva as mulheres a ter mais filhos: as ajudas familiares foram reduzidas, os gastos escolares elevados e as licenças maternidade não são bem vistas pelos empregadores.
O resultado é que as japonesas têm uma taxa média de fecundidade de 1,39 filho, longe dos 2,07 necessários para manter a população em seu nível atual e dos 3,65 por mulher em idade fértil em 1950.
"Muitos países enfrentam problemas similares, mas o Japão está na vanguarda desta tendência", afirmou Hitoshi Suzuki, pesquisador do Instituto Daiwa. "Se conseguir resolver esta crise, pode ser um modelo que pode inspirar outras nações", indicou.
Cyberdyne, que integra as empresas tecnológicas japonesas que tentam tirar proveito do "iene grisalho", desenvolveu em particular as pernas robóticas, impulsionadas por sinais cerebrais, que ajudam idosos e feridos a recuperar a massa muscular e a voltar a caminhar.
Por sua vez, a montadora Toyota estuda "robôs companheiros", capazes de realizar tarefas do lar e de ajudar médicos ou enfermeiras.
Neste campo, o conforto moral das pessoas sozinhas não é esquecido.
A empresa de serviços de saúde Pip está prestes a lançar "Unazuki Kabochan", uma boneca que fala e é capaz de se mover de forma interativa com o proprietário para fazer companhia.
Além disso, a empresa Vstone projetou um panda vermelho, "Torero", que dirige com gestos e com a voz o treinamento físico das pessoas idosas.
Os robôs não vão resolver necessariamente a crise demográfica no Japão, mas os avanços tecnológicos que estão proporcionando podem ajudar as pessoas mais velhas a trabalhar por mais tempo, indicam os especialistas.

Amazon negocia para levar Kindle para China

A Amazon.com negocia com autoridades regulatórias chinesas para levar o leitor Kindle e o tablet Kindle Fire para o país asíatico, informou a imprensa local citando um executivo da Amazon.
O vice-presidente sênior Marc Onetto disse ao Sohu IT em entrevista na quinta-feira (27) que a companhia negocia com reguladores chineses sobre questões de direitos autorais.
Kindle Fire, tablet da Amazon, é exibido em coletiva de imprensa em Nova York
Onetto disse que não havia previsão para a introdução do Kindle na China e que a companhia ainda não está planejando trabalhar com vendedores domésticos.
"Esperamos lançar produtos na China que sejam simples e fáceis de usar. Se houver muitos vendedores participando, o produto ficará muito complexo. Não só estamos preocupados com a velocidade do mercado na China mas também com as necessidades dos usuários", afirmou Onetto.
A Amazon surpreendeu os acionistas nesta semana ao prever um quarto trimestre bem mais fraco do que se esperava por causa dos gastos com o tablet Kindle Fire.
A companhia, que comprou o site chinês de e-commerce Joyo.com em 2004, mudou o nome quinta-feira para "Amazon China" e reduziu o endereço para "www.z.cn".

Royal Society abre arquivos on-line sobre a revolução científica

A Royal Society, a instituição científica mais antiga do mundo, disponibilizou nesta semana aos internautas a consulta de seu arquivo histórico, formado por milhares de estudos que, como os de Isaac Newton e Charles Darwin, mudaram o curso da história mundial.
O serviço, gratuito, permite a consulta de mais de 60 mil documentos de três séculos de grandes descobertas e pequenos avanços que foram moldando o atual conhecimento científico, guardados no arquivo da sociedade, homenageada neste ano com o prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades.
"Se todos os livros do mundo fossem destruídos e só sobrasse a revista da Royal Society 'Philosophical Transactions', não seria absurdo dizer que os fundamentos da ciência e do progresso intelectual dos últimos dois séculos estariam salvos", escreveu em 1870 o biólogo Thomas Huxley.
A Royal Society foi a primeira instituição do mundo a lançar, em 1665, uma revista que cumpria os padrões de controle imposto atualmente pelas publicações científicas mais renomadas.
Entre os que passaram por esse crivo estiveram Isaac Newton, que publicou, em 1672, a "A Nova Teoria Sobre Luz e Cores", considerado seu primeiro escrito científico.
A ciência moderna avançou às cegas em seus primeiros passos, um percurso que pode ser acompanhado de perto pelo arquivo da Royal Society.
Seu acervo guarda curiosidades como os escritos do astrônomo francês Adrien Auzout, que no século 17 publicou "The View From the Moon", no qual descrevia o aspecto que o planeta Terra deveria apresentar para "supostos habitantes" da Lua.
A Royal Society se inspirou nas ideias do cientista e filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626) para criar uma instituição dedicada a expandir as fronteiras do conhecimento por meio do desenvolvimento da ciência, matemática, engenharia e medicina.
"A abertura do arquivo abre uma janela fascinante à história do progresso científico durante os últimos séculos, o que interessará a todos aqueles que queiram compreender a evolução da ciência", destaca a psicóloga Uta Frith, membro do comitê de bibliotecas da sociedade.
Os membros da Royal Society são escolhidos entre os cientistas que mais se destacam em suas respectivas áreas e, por ela, já passaram Isaac Newton, Charles Darwin, Albert Einstein, James Watson e Stephen Hawking.
Atualmente, a instituição conta com cerca de 1.500 membros, entre eles 75 vencedores de Prêmio Nobel, além de cinco representantes da família real britânica, como a rainha Elizabeth.
+ CANAIS

Incerteza econômica reduz expansão na venda de celulares, diz IDC

O mercado mundial de celulares registrou crescimento de 12,8 % no terceiro trimestre, o segundo menor resultado nos últimos dois anos, o que se deve aos gastos mais conservadores e ao adiamento das compras de smartphones, afirmou nesta sexta-feira o grupo de pesquisa IDC.
A demanda crescente por celulares mais baratos nos mercados emergentes manteve o crescimento do segmento. Novos smartphones, como o iPhone 4S, da Apple, devem aumentar as vendas no quarto trimestre, segundo o IDC.
Estados Unidos e Europa Ocidental foram as regiões mais atingidas, tendo em vista que os embarques nas duas regiões caíram em relação a um ano antes.
"A incerteza econômica e a espera por lançamentos no quatro trimestre e no fim do terceiro fizeram alguns consumidores adiarem a compra de smartphones", disse o analista Kevin Restivo, do IDC.
"Muitos esperaram por produtos como o iPhone 4S e o BlackBerry 7, que só foram lançados no fim do trimestre", afirmou.
A consultoria Strategy Analytics estimou uma alta de 14% nas vendas mundiais de celulares no trimestre.

Samsung supera Apple na venda de smartphones no 3º trimestre

A Samsung Electronics ultrapassou a Apple como maior fabricante de smartphones no período de julho a setembro com um salto de 44% nos embarques e prevê fortes vendas no atual trimestre, em um claro alerta para os concorrentes.
A Samsung entrou no segmento de smartphones no fim do ano passado, mas as vendas dispararam em decorrência de um sistema de produção que rapidamente leva novos produtos ao mercado. A Apple lançou o primeiro iPhone em 2007.
"Na divisão de celulares, a Samsung não tem modelos concorrentes que representem alguma ameaça para os seus produtos, com exceção do iPhone 4S. Apple e Samsung continuarão a dominar o mercado no quatro trimestre", disse o gerente de fundos Kim Hyun-joong, da Midas Asset Management, que tem ações da Samsung.
O lucro da divisão de telecomunicações da companhia sul-coreana, anunciado nesta sexta-feira, mais que dobrou em relação a um ano atrás, para o recorde de 2,5 trilhões de wons (US$ 2,2 bilhões) e respondeu por 60% do lucro total da Samsung, além de ter compensado a queda acentuada nos ganhos da divisão de chips de memória.
Os embarques de smartphones subiram 44% em relação ao trimestre anterior, para 27,8 milhões de unidades, quase quatro vezes mais que um ano antes, segundo a consultoria Strategy Analytics.
As vendas da Apple diminuíram em 16%, para 17,1 milhões de unidades no terceiro trimestre. A Samsung tinha 23,8% do mercado global de smartphones no trimestre passado, nove pontos percentuais acima da Apple.

Smartphones e tablets são novo alvo do cibercrime

Cada vez mais populares, smartphones e tablets estão na mira de cibercriminosos.
E, segundo estudos e especialistas de segurança ouvidos pela Folha, os usuários não estão cientes dos riscos que correm e não têm com os dispositivos móveis os cuidados que dispensam aos computadores tradicionais.

O Android, do Google, é hoje o alvo preferencial dos malfeitores, por ser o sistema para smartphones mais popular do mundo e por sua natureza aberta --é possível instalar nele aplicativos de qualquer origem.
"Vemos com muita preocupação o desenvolvimento de malware nos smartphones. Há muita informação confidencial nesses dispositivos, e nós nem sempre tomamos consciência de como devemos protegê-los", afirmou à Folha o diretor da BitDefender nas Américas, Alejandro Musgrove.
"As pessoas ainda encaram os celulares como se estivéssemos nos anos 40, ou seja, como se fossem simples objetos destinados apenas a fazer ligações", afirmou o diretor-sênior de segurança móvel da McAfee, John Dasher, durante o evento Focus 11, promovido pela empresa em Las Vegas, na semana passada.
Segundo Dasher, os usuários não se dão conta de que carregam no bolso um computador completo, com vulnerabilidades equivalentes às dos PCs tradicionais ou até mais graves do que elas.
O perigo, porém, não deve se limitar a celulares e tablets, estendendo-se aos mais variados tipos de dispositivo, desde televisores até aparelhos de ginástica, que começam a ser equipados com sistemas operacionais completos e acesso à internet --a Cisco prevê que, em 2015, haverá 15 bilhões de dispositivos conectados, ou cerca de dois por habitante do planeta.

ANDROID
Entre dezembro de 2010 e julho de 2011, houve um crescimento de 238% no número de malware destinado ao Android, segundo a McAfee, que registrou cerca de 200 novas ameaças móveis no segundo trimestre de 2011.
Apesar de o Symbian ainda ser a plataforma com maior número total de malware registrado até hoje, o sistema do Google é o que mais reúne novos ataques.
Isso quer dizer que há algo intrinsicamente errado com o Android?
Para John Dasher, diretor-sênior de segurança móvel da McAfee, não. Segundo ele, o sistema do Google tem bons recursos de segurança, mas é natural que cibercrimosos priorizem a plataforma mais popular.
No mesmo período, a McAfee não registrou nenhum caso em aparelhos com iOS, da Apple --com exceção daqueles em que foi realizado jailbreak, procedimento que permite, entre outras coisas, a instalação de aplicativos de fora da App Store, rigidamente controlada pela empresa.
O diretor de informática da Kaspersky, Grant Cresswell, diverge de Dasher ao alegar que o Android tem, sim, problemas sérios de segurança.
"Depois de ter mexido em alguns aparelhos com Android por um tempo, creio que são dispositivos muito perigosos", afirmou ele neste mês, durante o lançamento de um produto da empresa na Austrália.
O Android permite que se instalem programas de qualquer fonte, não só do Android Market, repositório oficial do Google. Segundo Dasher, porém, o sistema faz um "trabalho decente" em informar ao usuário os dados a que os aplicativos têm acesso.
Ele afirma que as pessoas não atentam à lista de permissões que surge quando se instala um programa no celular. "Se um simples jogo de xadrez pede acesso à sua câmera e a seus contatos, por exemplo, você deve desconfiar dele", afirma Dasher.

E A SENHA?
"A tecnologia sozinha não vai resolver os problemas de segurança móvel", diz o executivo da McAfee, ressaltando que os usuários não estão atentos nem aos procedimentos mais básicos para manter seus aparelhos seguros --menos de 20% o protegem com senha, por exemplo.
Um caso recente de malware no Android foi revelado pela Symantec neste mês.
Aproveitando-se do fato de o aplicativo do serviço de vídeo Netflix estar disponível apenas para um número limitado de aparelhos com Android, cibercriminosos distribuíram na rede uma versão falsa, com o objetivo de roubar dados de assinantes.
À Folha o Google disse que não comenta estudos de terceiros e, citando o sistema de permissões do Android, afirmou que a plataforma é segura.

TV da Apple terá comandos de voz do Siri, diz 'The New York Times'

Novos detalhes sobre o possível projeto de um televisor da Apple foram apresentados pelo jornalista Nick Bilton, do "New York Times", que diz que a empresa adicionará os comandos de voz do aplicativo Siri ao aparelho.
Concepção artística de como seria o televisor da Apple
 O livro escrito por Walter Isaacson ainda afirma que Jobs buscava a interface mais simples possível para um televisor --algo que tivesse conexão e sincronia instantânea com os outros aparelhos da empresa, como tablets e smartphones. Segundo Bilton, a Apple já trabalha no projeto de um televisor há mais de um ano, e o aparelho pode chegar ao mercado entre 2012 e 2013.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Panasonic Toughbook tem nova gerente brasileira para a AL

A brasileira Patricia Fernandez foi nomeada gerente de desenvolvimento de negócios da Panasonic Toughbook na América Latina.
Com oito anos de experiência nas áreas de telecomunicações e tecnologia da informação, a executiva já passou por empresas como Siemens, Kronos e Intertek Testing Services e por países da América Latina, Canadá e Estados Unidos.
Patricia ficará baseada na Flórida, nos Estados Unidos, onde desenvolverá estratégias para a empresa, que ganhou operação no Brasil em 2010 e pretende fortalecer os mercados mexicano e colombiano.
A Panasonic Toughbook também procura expandir o mercado latino-americano para setores como segurança pública, óleo e gás, construção civil, siderurgia, automotivo, entre outros.

Receita da AMD sobe 4% no trimestre, acima do esperado

A fabricante de chips AMD, que ocupa a segunda posição no mercado de microprocessadores --atrás da Intel--, informou nesta quinta-feira que a receita do terceiro trimestre subiu 4% em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 1,69 bilhão.
No final de setembro, a empresa emitiu um alerta sobre problemas com a fabricação dos chips e disse que a receita do terceiro trimestre seria menor do que o esperado.
A AMD disse que a receita no quarto trimestre deve avançar 3% em em relação ao trimestre anterior, com margem de erro de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Os lucros registrados no trimestre foram de US$ 110 milhões, acima dos US$ 108 milhões em igual período do ano passado.
As ações da AMD subiram 2,53% no pregão eletrônico de hoje.

Faturamento de mídias sociais crescerá 40% em 2011 e 2012

O faturamento mundial das mídias sociais --jogos, sites de relacionamento e qualquer outra página que promova atividades de interação social entre pessoas-- crescerá acima de 40% neste ano e no próximo, segundo estimativa da empresa de pesquisa Gartner.
Serão US$ 10,3 bilhões de faturamento em 2011, crescimento de 41,4% em relação aos US$ 7,3 bilhões do ano passado. Para o ano que vem, a expectativa é de um crescimento ainda maior: 44,6%, para US$ 14,9 bilhões.
A receita do mercado pode chegar a US$ 29,1 bilhões em 2015, segundo a Gartner.
De acordo com empresa, o faturamento com propaganda continuará sendo o principal motor do segmento. A estimativa é que o valor passe dos US$ 5,5 bilhões previstos este ano para US$ 8,2 bilhões em 2012.
O montante será gerado por diversas formas de anúncios, como comerciais em vídeo para dispositivos como PCs, celulares e tablets e o "display advertising", propaganda que usa texto e recursos multimídia.
PROPAGANDA PERSONALIZADA
Na avaliação da empresa de pesquisa, os anunciantes vão migrar cada vez mais dos "anúncios estáticos e por cliques" para sistema de "engajamento contínuo", que usam dados coletados durante a navegação do internauta para direcionar a propaganda que tem mais chance de resultar em uma venda.
Os jogos sociais podem chegar a uma receita de US$ 3,2 bilhões em 2011, subindo para US$ 4,5 bilhões no ano que vem.
A assinatura de serviços, que sustenta os negócios de empresas como o americano LinkedIn e o alemão Xing, não deve ser uma receita muito importante para o segmento. Em 2011, a estimativa é que os pagamentos somem US$ 236 milhões, evoluindo para US$ 313 milhões no ano que vem.

Amigos poderão ajudar usuário do Facebook que perder a senha

O Facebook anunciou hoje (27) novas medidas de segurança para aumentar a proteção dos usuários na rede social. Agora, será possível pedir a ajuda de amigos caso você perca sua senha.
Segundo a atualização mensal de segurança da rede social, os usuários poderão escolher entre três a cinco amigos de confiança para ajudá-lo em caso de invasão ou problemas com senha. Eles não receberão a senha do dono do perfil, mas sim um código de ativação para repassá-lo. Para o site, "é como emprestar a chave de casa para seus amigos quando você viaja".
Tela para envio de códigos a amigos de confiança no Facebook
Em outra mudança, aplicativos de terceiros agora poderão ter senhas. Segundo o Facebook, como há uma série de apps com acesso aos dados do usuário, alguns deles podem requerer maior proteção.
As novidades começam a chegar aos usuários em forma de teste nas próximas semanas, segundo o site.

Britânico instala smartphone dentro de braço artificial

Trevor Prideaux, 50, nasceu sem o braço esquerdo e por isso sempre teve que se adaptar para manusear objetos e realizar tarefas diárias. Mas uma solução relativamente simples mudou a vida do britânico: ele encaixou seu smartphone na prótese de fibra de vidro que usa como braço. As informações são do jornal "Telegraph".
Trevor Prideaux, 50, com um Nokia C7 encaixado em seu braço artificial
Prideaux buscou a ajuda de médicos especialistas e executivos da Nokia para dar vida ao projeto e hoje tem um Nokia C7 no meio de seu braço artificial. Os pesquisadores desenvolveram um molde de fibra laminada do modelo do smartphone para ele encaixasse perfeitamente na prótese. O telefone pode ser retirado facilmente se necessário.
"Agora posso receber chamadas e mandar mensagens de texto usando apenas uma das mãos, enquanto o telefone fica dentro de meu braço", disse. "As pessoas que tiveram acidentes de moto e soldados que perderam membros --todos eles poderiam se beneficar com isso", completa.
Antes da Nokia, Prideaux tentou falar com a Apple sobre a ideia; mas disse que a gigante da tecnologia se recusou a cooperar.

Empresas estão atoladas em informações digitais, diz consultoria

Em plena era da informação, nem mesmo as maiores empresas do mundo conseguem controlar bem o crescente volume de dados digitais e aproveitá-los para melhorar seus negócios.
A constatação é da pesquisa da consultoria EIU (Economist Intelligence Unit) feita com 586 executivos de empresas da América do Norte, Europa, Ásia e Pacífico e América Latina apresentada nesta semana.
Segundo o levantamento, apenas 18% dos executivos pesquisados admitiram que as empresas onde trabalham já coletam e analisam informações por meio de um plano estruturado de gestão de informação.
Outro número aponta que 53% dessas organizações usam apenas metade das informações que colhem em benefício dos negócios. O restante, fica perdido ou subutilizado.
O número é alarmante especialmente diante do grande volume de dados digitais gerados anualmente, sejam comentários de consumidores em redes sociais, relatórios de monitoramento de ações de marketing dos concorrentes e até iniciativas conduzidas dentro das próprias organizações.
ARMAZENAMENTO RECORDE
No ano passado, consumidores e empresas ao redor do mundo armazenaram mais de 13 exabytes de informação em computadores e outros equipamentos. O volume é equivalente a 13 bilhões de pen drives de 1 Gbyte ou mais de 52 mil vezes as informações existentes em toda a biblioteca do Congresso americano, segundo a USC (Universidade do Sul da Califórnia).
"O baixo aproveitamento de dados é surpreendente especialmente no momento em que vivemos, com grande volume de informações digitais", disse Michael Singer, editor sênior da área de tecnologia da EIU durante evento do SAS Institute --empresa de software de inteligência de negócios-- que acontece na Flórida.
"No entanto, é necessário considerar que boa parte das companhias não está preparada para lidar com tanta informação porque seus próprios processos de negócio ainda são analógicos outras têm sérias restrições financeiras para investir nesse tipo de tecnologia agora."
Segundo Singer, alguns dos exemplos de companhias que ainda não estão preparadas para lidar de forma eficiente com o grande volume de informações vêm do setor de saúde.
"Muitos hospitais, clínicas ou até planos de saúde só agora começam a digitalizar seus registros. Isso significa que parte das informações dos últimos anos ainda não podem ser acessadas. Assim, nem todos os negócios já estão maduros para o assunto."
VELOCIDADE DA INFORMAÇÃO
Velocidade de acesso aos dados corporativos é outro problema, apontado por metade dos entrevistados. Em suas organizações, a lentidão de obtenção das informações de mercado, concorrentes e de clientes compromete o desempenho imediato dos negócios.
Embora sejam poucas, as empresas com planos bem estruturados de gestão da informação digital começam a colher os resultados.
Mais da metade dos executivos de empresas que utilizam esse controle (53%) declararam à pesquisa que seus resultados financeiros superaram o dos concorrentes. Quase um quarto delas entende que a compreensão dos dados digitais nos últimos cinco anos transformou completamente a forma de fazer negócios com seus clientes.
Para Singer, a preocupação crescente com a análise de dados será responsável por criar um mercado bilionário de software de análise de negócios nos próximos cinco anos.

Para andar sem placa, Jobs trocava de carro a cada seis meses

Enquanto comandou a Apple, empresa que fundou, Jobs usou sempre o mesmo modelo de carro, e sempre sem a placa de identificação. Para conseguir a excêntrica liberdade, ele recorreu às leis do estado da Califórnia.
O mistério foi resolvido após depoimento de Jon Callas, diretor de tecnologia da Entrust, empresa que prestava serviços para a Apple, para o site IT Wire. Segundo Callas, as leis do estado da Califórnia permitem que um carro recém-comprado transite pelas ruas sem placa por até seis meses.
Carro de Steve Jobs é flagrado na Califórnia, em 2007
 Assim, Jobs comprava o mesmo modelo de carro --um SL 55 AMG, da Mercedes-Benz-- a cada seis meses. A tática era vista como forma de aumentar a privacidade e não associar seu nome a nenhum jogo de números e letras.

Dropbox mira empresas com novo serviço

A Dropbox, empresa por trás do popular serviço virtual de armazenagem de arquivos, está ramificando sua atuação para o setor de pequenas e médias empresas com o novo produto Dropbox for Teams (Dropbox para equipes).
A empresa sediada em San Francisco permite que as pessoas acessem documentos, fotos e vídeos de vários lugares diferentes tais como laptops, smartphones e computadores, desde que tenham baixado o Dropbox em cada dispositivo.
Tela do Dropbox, que anunciou serviço de armazenamento para pequenas e médias empresas
Armazenar uma certa quantidade de dados é gratuito, embora a empresa cobre para que um usuário obtenha mais capacidade.
Com o Teams, o Dropbox permite que uma empresa forneça a cinco usuários acesso a mil Gbytes de armazenamento por US$ 795 ao ano. Cada usuário adicional eleva a tarifa em US$ 125, que dão direito a 200 Gbytes adicionais de armazenamento.
A Dropbox lançou o Teams depois de perceber que 1 milhão de empresas estavam usando seu serviço de armazenamento virtual para transferir arquivos e documentos, disse Sujay Jaswa, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Dropbox.
Para motivar os clientes a adotar o Teams, a Dropbox oferece serviços como faturamento centralizado e suporte por telefone.
O Dropbox tem 45 milhões de usuários e compete com serviços como o Docs, do Google, o iCloud, da Apple, e o Box.net.
Recentemente, a empresa concluiu uma rodada de financiamento de US$ 250 milhões, o que a avalia em US$ 4 bilhões.

EUA planejam criar embaixada virtual para o Irã, diz Hillary

Os Estados Unidos planejam abrir uma "embaixada virtual" para o Irã, que dará informações on-line sobre vistos e programas de intercâmbio estudantil aos cidadãos do país, apesar da suspensão de laços diplomáticos formais entre os países, afirmou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, nesta quarta-feira.
Em entrevistas aos serviços de língua persa da BBC e do Voice of America, Hillary defendeu as sanções dos EUA contra o Irã e disse que Washington tem conhecimento da ligação de Teerã a um complô para assassinar o embaixador saudita em Washington.
Hillary usou ambas as entrevistas para reforçar que os EUA esperam ampliar os contatos com os iranianos comuns, apesar das tensões com o governo de Teerã, que ela afirmou estar se transformando em uma "ditadura militar".
"Meu objetivo ao falar com vocês hoje é comunicar claramente ao povo do Irã, especialmente à grande população de jovens, que os EUA não têm nada contra vocês. Queremos apoiar suas aspirações."
"Ficaríamos felizes se amanhã o regime no Irã mudasse sua mentalidade", disse ao Voice of America.
Ela afirmou que o site da "embaixada virtual" será aberto até o final do ano e que fornecerá a iranianos informações sobre vistos e outros programas.
Os EUA romperam relações diplomáticas formais com Teerã em 1980, após a crise dos reféns do Irã. Os laços entre os países se mantiveram tensos, em meio a disputas sobre o programa nuclear do Irã e acusações dos EUA de que a República Islâmica é o Estado patrocinador do terrorismo mais ativo do mundo.

Consumidores processam RIM por problemas com BlackBerry

Consumidores nos Estados Unidos e no Canadá abriram processos contra a RIM (Research in Motion) por uma paralisação que se prolongou por dias nos serviços dos aparelhos BlackBerry, em um problema de escala global ocorrido no começo do mês.
A queda geral do sistema deixou milhões de usuários do BlackBerry frustrados e desprovidos de acesso a e-mails, mensagens instantâneas e navegação online, em cinco continentes.
BlackBerry Torch 9800, da RIM, na feira de tecnologia Gitex, em Dubai
Os copresidentes executivos da RIM pediram desculpas aos milhões de usuários do BlackBerry pela paralisação de quatro dias que maculou a imagem da empresa e retardou seus esforços para recuperar o terreno perdido para a Apple e outros rivais no ramo de smartphones.
O processo nos Estados Unidos, protocolado em um tribunal federal de Santa Ana (Califórnia), foi apresentado em nome de todos os proprietários de BlackBerry com contratos ativos de e-mail, Internet e mensagens que tenham sofrido interrupções de serviço.
Nele, a RIM é acusada de violação de contrato, negligência e enriquecimento indevido.
O processo canadense, aberto na quarta-feira junto ao tribunal superior de Quebec, representa os proprietários canadenses de BlackBerry que tinham contratos ativos no momento da paralisação.
A petição alega que a RIM não restituiu os prejuízos que os usuários sofreram com a paralisação dos serviços e que "precisa assumir plena responsabilidade por esses danos".
Mensagens encaminhadas à RIM solicitando comentários não foram respondidas imediatamente.
CONTRATO IMPLÍCITO
O processo dos Estados Unidos foi aberto por Eric Mitchell, morador de Sherman Oaks, Califórnia. Embora ele não tenha contrato direto com a RIM, ele pagou pelo uso dos serviços exclusivos do BlackBerry como parte de seu contrato com a operadora de telefonia móvel Sprint, de acordo com a queixa.
Isso faz com que tenha um "contrato implícito" com a RIM, o processo alega, acrescentando que com a paralisação, entre 11 e 14 de outubro, Mitchell "pagou por um serviço que não recebeu"
Os queixosos buscam desde compensação em dinheiro pelos serviços pagos à companhia até honorários de advogados e outras despesas legais.
O processo norte-americano estima que a RIM fature pelo menos US$ 3,4 milhões por dia no país em receita de serviços, coletados através de operadoras como Sprint e Verizon.
O tamanho de uma ação judicial nos EUA incluiria 2,4 milhões de pessoas apenas na Califórnia, segundo os autos da queixa protocolada.

RIM adia para fevereiro lançamento de novo sistema para tablet

A empresa fabricante dos smartphones BlackBerry, RIM (Research In Motion), anunciou nesta quarta-feira (26) que adiará para fevereiro o lançamento do novo sistema operacional para seu tablet PlayBook.
O sistema operacional PlayBook 2.0 é considerado uma oportunidade de tornar o tablet da RIM mais atraente aos olhos dos fãs dos dispositivos da marca canadense, um território cada vez mais disputado pela Apple e pelos dispositivos que usam o sistema Android, do Google.
Tablet Playbook, da RIM; lançamento de novo sistema foi adiado para fevereiro
"Por mais que gostaríamos de tê-lo aqui hoje, tomamos a difícil decisão de esperar antes de lançar o sistema operacional BlackBerry PlayBook 2.0 até que tenhamos a certeza de que podemos alcançar as expectativas de nossos desenvolvedores e dos usuários", afirmou o vice-presidente executivo de tablets, David Smith, no blog da empresa.
A companhia completou que não incluirá a funcionalidade do sistema de envio de mensagens de texto no novo sistema operacional, como havia planejado inicialmente.
O tablet PlayBook teve um desempenho medíocre no mercado desde seu lançamento em abril, enquanto sua rival Apple registrou altas vendas do tablet iPad.
A atualização do sistema de aplicativos do PlayBook tinha como objetivo integrar o e-mail, o calendário e as funções da agenda de contatos, além de permitir que os tablets funcionassem em sincronia com os smartphones BlackBerry.

Rede social LinkedIn ganha 2 novos usuários a cada segundo

A cada segundo que passa, duas pessoas se tornam usuárias da rede social profissional LinkedIn, declarou nesta quarta-feira (26) Ellen Levy, vice-presidente da divisão de iniciativas estratégicas da companhia, durante seu discurso no evento Nokia World, que foi realizado nesta quarta-feira em Londres.
As redes sociais podem apresentar melhorias na eficiência dos trabalhadores e na competitividade das empresas, já que permitem a troca de informações entre ambas as partes.
"Fazem com que as coisas sejam feitas", segundo William Kennedy, vice-presidente da equipe de comunicações em escritório e experiências móveis da Microsoft.
"Há alguns casos nos quais uma plataforma móvel pode fornecer uma interface de usuário mais eficiente", frisou.
Por sua vez, Adam Warby, o executivo-chefe da Avanade, disse que as redes sociais como ferramenta de comunicação interna podem ajudar as companhias a aumentar o "compromisso" de seus empregados com a empresa.
O fundador da Seesmic, Loïc le Meur, considerou que as companhias têm que se dar conta que as redes sociais "não são mais coisas de adolescentes".
Com relação ao uso das redes sociais nos aparelhos móveis, Le Meur declarou que a escrivaninha tradicional "está morta". "Olhamos para elas como velhos filmes de fita cassete", acrescentou.

Facebook construirá seu 1º centro de servidores europeu na Suécia

O Facebook anunciou nesta quinta-feira (27) que construirá seu terceiro centro de servidores e o primeiro na Europa em Lulea, no norte da Suécia.
O centro terá três salas de servidores e beneficiará milhões de usuários da rede social na Europa, explicou durante a apresentação em Lulea, Tom Furlong, responsável pelas novas instalações do Facebook.
O investimento custará entre 329 milhões e 549 milhões de euros, dos quais o Governo sueco fornecerá cerca de 11 milhões de euros, anunciou a ministra da Indústria sueca, Annie Lööf.
A escolha de Lulea se deve principalmente às condições climáticas da cidade, já que fica na região mais fria da Suécia e os servidores precisam ficar em baixas temperaturas, afirmou Furlong.
A construção do centro começará imediatamente, e com este se espera que a primeira sala de servidores fique pronta dentro de um ano e que todo o projeto esteja concluído em 2014.

Segredo de manuscrito alemão do século 18 é decifrado

O código do "Copiale Cipher", um estranho manuscrito do século 18 com 105 páginas que contêm mensagens cifradas em forma de símbolos abstratos e caracteres romanos, foi finalmente decifrado com a ajuda de um computador, informou a USC (Universidade da Califórnia do Sul).
O misterioso criptograma, envolto e escrito em papel ouro e verde, revela os rituais e as tendências políticas de uma sociedade secreta estabelecida na Alemanha há 300 anos, assinala um comunicado da instituição em seu site.
Os ritos detalhados no documento que contém 75.000 caracteres indicam que essa sociedade tinha fascínio pelos olhos e a oftalmologia. No entanto, não parece que seus membros tenham sido médicos especializados nesta área.
Cópia do "Copiale Cipher" reúne registros de uma sociedade secreta que foi formada na Alemanha há 300 anos

"Esta decodificação do 'Copiale' abre uma janela para o estudo da história das ideias e das sociedades secretas", afirmou o especialista em informática Kevin Knight, da Escola de Engenharia da USC, um dos membros da equipe internacional que decifrou o segredo do "Copiale Cipher".
"Os historiadores acreditam que as sociedades secretas desempenharam um papel nas revoluções, mas esta hipótese é difícil de apoiar devido ao fato de que um grande número de documentos está encriptado", assinalou Knight.
O "Copiale Cipher" foi descoberto na Academia de Berlim Ocidental no final da Guerra Fria e se encontra atualmente em pode de um colecionador particular.
Para decifrar esse código, Knight e suas colegas Beata Megyesi e Christiane Schaefer, da Universidade de Upsala, na Suécia, reescreveram uma versão do texto para que pudesse ser lido pelo computador. Utilizaram para isso um programa de informática criado por Knight.
Depois de ter testado com 80 idiomas, a equipe de criptógrafos se deu conta de que os caracteres romanos careciam de sentido, destinados somente a enganar eventuais leitores interessados em decifrá-los. As mensagens estavam, de fato, nos símbolos abstratos.
Finalmente, as primeiras palavras que tinham sentido em alemão foram decifradas. Elas dizem: "Cerimônias de Iniciação" seguida por "Seção Secreta".
Knight planeja decifrar outras famosas mensagens codificadas, incluindo os criptogramas enviados pelo "Assassino do Zodíaco", um assassino em série que agiu entre os anos 1960 e 1970 nos Estados Unidos e que enviou mensagens encriptadas à imprensa --e nunca foi preso.
Também quer testar seu programa com a "Kryptos", uma mensagem cifrada entalhada numa escultura na sede da CIA (Agência Central de Inteligência) e no medieval "Manuscrito Voynich", considerado um dos mais misteriosos já encontrados.

TV por assinatura cresce 22% e atinge 11,9 milhões de casas

O Brasil chegou a 11,9 milhões de casas com TV por assinatura em setembro. Em 2011, foram 2,1 milhões de novos assinantes, com crescimento de 21,7% no acumulado do ano, informou nesta quinta-feira a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Com base no número médio de pessoas por domicílio considerado pelo IBGE (3,3 pessoas), 39,2 milhões de brasileiros têm acesso à TV paga.
Os serviços prestados via satélite representam 52,7% da TV por assinatura e a transmissão via cabo, 45,1%. Em dezembro de 2010, a configuração do mercado era a seguinte: 45,8% via satélite e 51% a cabo.
Em setembro, os serviços prestados via satélite cresceram 3,6%. Já a TV a cabo teve variação de 0,8% no mês e a MMDS (transmissão via microondas) teve a base de assinantes reduzida em 2,3%.
Os locais com melhor índice de presença do serviço, acima da média nacional, são Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas.

Sony adquire Sony Ericsson por 1,05 bi de euros

A Sony anunciou nesta quinta-feira que comprará a joint-venture em celulares Sony Ericsson por 1,05 bilhão de euros (US$ 1,45 bilhão), em meio à tentativa da companhia de se equiparar a Apple e Samsung no mercado de smartphones e tablets.
A compra da parte sueca da parceria dá à Sony o direito sobre determinadas patentes da Ericsson e condições de integrar a produção da joint-venture com sua própria gama de produtos e conteúdos.
"Poderemos nos mover rapidamente e fazer uma oferta mais abrangente de smartphones, laptops, tablets e televisores que se conectam entre si e abrem um novo mundo de entretenimento online", disse o presidente de conselho e presidente-executivo da companhia, Howard Stringer.
Até agora, os tablets e outros produtos da Sony eram mantidos separados dos celulares criados e vendidos pela Sony Ericsson.
"A Sony quer fazer o mesmo que a Apple e atender a demanda dos usuários unindo vários aparelhos com interfaces e sistemas operacionais similares", disse o analista Nobuo Kurahashi, da Mizuho Investors' Securities, em Tóquio.

'Proteger computadores é mais difícil que atacá-los', diz Kaspersky

Como bom executivo de uma empresa que vende software antivírus, o russo Eugene Kaspersky, 46, oferece conjecturas sombrias para o universo da cibersegurança.
Ao longo da entrevista que deu à Folha por telefone, usou dez vezes a palavra "infelizmente" ("infelizmente, a situação está piorando", "infelizmente, o Brasil é uma das maiores fontes de cibercrime", "infelizmente, redes sociais estão sendo ocupadas por cibercriminosos").
Eugene Kaspersky, fundador da Kaspersky, na sede da empresa
Kaspersky estará no Brasil em novembro, mas a empresa ainda não divulgou sua agenda no país.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
*
Folha - Qual é a situação do Brasil no cenário de cibersegurança?
Eugene Kaspersky - Infelizmente, o Brasil é uma das maiores fontes de cibercrime. Atualmente, a maior fonte de malware e ataques ainda é a China, mas países de línguas portuguesa e espanhola vêm logo atrás.
Quais dos últimos incidentes de cibersegurança você considera mais graves?
Foram vários. Neste ano, muitas empresas grandes foram atacadas, não só por cibercriminosos como também por software espião desenvolvido por outros países.
Um dos maiores incidentes foi no mês passado, com a Mitsubishi, no Japão. A empresa, que é uma das maiores fornecedoras militares do país, foi vítima de um ataque muito sério. Muitos dados confidenciais e ultrassecretos podem ter caído em mãos erradas.
Houve ainda, no ano passado, o Stuxnet, que atacou instalações nucleares do Irã.
Os ataques mais graves estão mirando empresas, forças armadas e governos. Temo que, no futuro, veremos mais ameaças a parques industriais, usinas de energia e sistemas de transporte.
Como você convence as pessoas a pagar por antivírus, já que há tantas alternativas gratuitas?
Usuários de antivírus gratuitos serão infectados mais cedo ou mais tarde. Esses produtos não garantem a mesma qualidade de proteção dos pagos.
Ouvi um comentário muito engraçado de um "geek", uma pessoa que entende o que faz com o computador.
Ele disse: "Sou um expert, sei o que faço, conheço os sites que visito e sou capaz de consertar meu computador. Uso antivírus gratuitos porque eles são bons o suficiente para mim. Mas para proteger o computador da minha namorada, da minha mãe e do meu pai, é melhor usar um antivírus pago".
Você já disse que nunca contrataria um hacker. Por quê?
Em primeiro lugar, porque não precisamos desses caras. É muito mais difícil desenvolver proteção do que atacar. Precisamos de pessoas que tenham um conhecimento muito maior e que sejam mais profissionais do que os hackers geralmente são.
Em segundo lugar, se a pessoa agiu de forma errada no passado, há um risco muito grande de que volte a fazer isso no futuro.
Então, não, obrigado. Não há empregos para hackers, criminosos e crackers na minha empresa.
Desde que você se tornou um executivo, nunca mais voltou a escrever código?
Não escrevo código há uns quatro, cinco anos, infelizmente. Exceto uma vez em que estávamos na Antártida, tivemos problemas com a conexão de internet, e eu tive que escrever uma ferramenta bem rudimentar para ajudar o sistema a se manter conectado à rede.
Em uma entrevista à "Der Spiegel" em junho, você disse que seu computador quase havia sido infectado duas vezes recentemente. De lá para cá, aconteceu de novo?
Foi no ano passado, em um hotel. A página do hotel estava infectada, e não havia nenhuma possibilidade de se conectar à internet sem passar por ela. Mas meu antivírus me protegeu (risos). Eu não baixo arquivos ilegais e sou bastante cuidadoso ao visitar sites. Estou numa zona segura, mas, é claro, estou sempre munido de software de proteção.
*
FILHO FOI SEQUESTRADO EM ABRIL
Nascido na cidade russa de Novorossiysk em 4 de outubro de 1965, Eugene Kaspersky se formou em 1987 pelo Instituto de Criptografia, Telecomunicações e Ciência da Computação.
Ele começou a estudar vírus de computador em 1989, depois da disseminação do Cascade, primeiro vírus a utilizar criptografia (codificação de dados) para dificultar sua detecção.
Entre 1991 e 1997, Kaspersky trabalhou no centro de tecnologias da informação Kami, onde criou o antivírus AVP, que foi renomeado para Kaspersky Anti-Virus em novembro de 2001.
Em 1997, ele cofundou a Kaspersky Lab com sua então mulher, Natalia Kaspersky. Foi líder de desenvolvimento de tecnologia da empresa por dez anos, até se tornar executivo-chefe, em 2007.
Em abril, seu filho Ivan, então com 20 anos, foi sequestrado por uma gangue russa e libertado poucos dias depois pela polícia.
"Meu filho teve parte da culpa por seu sequestro. Ele havia compartilhado seu endereço no Facebook, mesmo depois de eu ter passado anos alertando-o para não revelar nenhuma informação pessoal na internet", afirmou Kaspersky à "Der Spiegel" em junho.
Questionado pela Folha sobre o assunto, Kaspersky preferiu não se manifestar. "É um assunto muito pessoal", alegou.