O Google não manipulou seus resultados de buscas para favorecer seus
produtos e a posição deles nos retornos de pesquisas de internautas,
disse o presidente do conselho da empresa, Eric Schmidt. O executivo
participou de uma audiência do Senado dos Estados Unidos sobre possíveis
abusos de poder de mercado por parte do Google.
Membros do painel antitruste do Comitê Judiciário do Senado
norte-americano declararam na quarta-feira que o Google se havia
transformado em força dominante na internet, e que isso ameaça a livre
concorrência.
"O Google está em posição de determinar quem encontrará o sucesso e quem
fracassará na internet", declarou o senador republicano Mike Lee. "Nas
palavras do diretor da equipe de classificação de resultados de buscas
da companhia, o Google é o maior criador de reis na face da Terra."
O Google vem sofrendo acusações genéricas de usar sua influência no
mercado de buscas para esmagar rivais, como parte de seu esforço para
ganhar espaço em negócios correlatos, por exemplo as buscas de viagens.
A FTC (Comissão Federal do Comércio) norte-americana está estudando
essas e outras acusações, entre as quais a de que o Google manipula
resultados de busca para favorecer seus produtos.
O Google vem tentando convencer as autoridades regulatórias e
legisladores de que não precisam impor restrições ao seu elenco
crescente de serviços, e que suas práticas de negócios são legais e
beneficiam os consumidores.
Lee questionou Schmidt de modo agressivo sobre a possibilidade de que o
Google se afaste de seus algoritmos de busca para melhorar posição na
lista de resultados de pesquisas.
Ele mostrou um gráfico resultante de um estudo que compara os resultados
de buscas de comércio acionadas por determinadas palavras-chave. Lee
disse que os retornos de diversos sites de comparação de preços
--Nextag, PriceGrabber e Shopper-- variavam consideravelmente de termo a
termo, enquanto os do site de compras do Google sempre vinham em
terceiro lugar da lista.
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