A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira, em Campinas (93 km
de SP), um jovem de 22 anos investigado por distribuir fotos e vídeos
de pornografia infantil.
Segundo a PF, ele é natural do Rio de Janeiro, mas foi localizado em sua
casa no bairro de Campos Elísios, onde o material foi apreendido.
Em 2010, o usuário do perfil "Preteenrio" em um aplicativo de troca de
arquivos chamado Gigatribe começou a ser investigado pela polícia
britânica por distribuir imagens de pornografia infantil a diversas
partes do mundo.
A polícia britânica fez contato com a PF no Brasil. Em julho deste ano,
uma agente da PF em Brasília criou um perfil falso para se aproximar do
acusado. Aos contatos, o rapaz oferecia 72,2 Mbytes em arquivos de fotos
e 5 Gbytes em vídeos.
Com a troca de arquivos, foi possível localizar o computador de onde
partiam as imagens, que ficava na casa onde o rapaz --que não teve a
identidade divulgada-- morava sozinho.
De acordo com o delegado da Polícia Federal em Campinas, Jessé Almeida, o
preso fala inglês fluentemente, tem curso técnico e trabalhava no setor
de controle de contratos em uma multinacional na região.
Segundo a PF, o suspeito era procurado no Brasil, nos Estados Unidos e
no Reino Unido, e a investigação contou com informações fornecidas pelo
FBI (polícia federal americana) e pela polícia britânica. "Ele não tinha
nenhum mandado de prisão em nenhum lugar do mundo porque não se tinha a
identidade dele, mas era procurado há mais de um ano", disse Almeida.
"O rapaz voltaria hoje para o Rio [de Janeiro]. Ainda bem que foi
possível chegar [até ele] antes."
O suspeito responderá por dois tipos de crime: um por posse de arquivos
(com pena de um a três anos de prisão) e outro por divulgação (três a
seis anos de prisão).
O rapaz está na cadeia do 2º DP de Campinas à disposição da Justiça Federal.
Segundo o delegado Almeida, ele foi indiciado sob suspeita de posse e
divulgação de material com pornografia infantil. À polícia, o jovem
disse que atua na rede há dois anos.
O advogado contratado pelo suspeito, Décio de Paula Penteado, foi procurado, mas não respondeu às ligações da reportagem.
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