A filial de Nova York do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano)
pretende vigiar o que andam falando a seu respeito nas redes sociais,
como Facebook e Twitter, ao abrir um concurso para criar uma plataforma
que facilite a tarefa.
"O departamento de comunicação deseja conhecer as reações e opiniões do
público sobre a instituição, já que estas estão relacionadas com nossas
ações", indica a proposta publicada nesta quinta-feira em seu site.
Na proposta, o Fed de Nova York detalha todas as características que
devem ter essa nova "plataforma de escuta", que permitirá a instituição
seguir de perto as "principais redes sociais: Facebook, Twitter,
YouTube, blogs e fóruns", além de veículos de comunicação, como a rede
de TV CNN e "The Wall Street Journal".
O aplicativo, que o Banco Central pretende ativar até dezembro, também
deve acompanhar as informações "em tempo real", determinando se as
opiniões dos usuários sobre a instituição são "positivas, negativas ou
neutras".
A idéia é que a plataforma também sirva "para conduzir situações de
crise, seguir conversas e identificar os autores de conteúdos mais
influentes".
"As redes sociais estão mudando a forma com que as organizações se
comunicam com o público", relatou a instituição, que deseja que o
software detecte até conteúdos "em diferentes países e idiomas".
As críticas e referências à nova ideia não demoraram a aparecer. "Vai
haver uma nova geração de observadores e a vigilância eletrônica vai
alcançar bilhões de pessoas", divulgou o blog especializado
Computerworld, lembrando que "ninguém deveria estar surpreso, pois
controlar as redes sociais é uma estratégia habitual do governo e das
empresas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário