Os Estados Unidos são o país mais afetado pelo crime eletrônico e também
a maior fonte de ataques, devido à sua infraestrutura tecnológica que
serve de base para cibercriminosos do mundo todo.
Assim explicou à agência Efe um especialista no assunto, o chefe da
Divisão de Crime Econômico do Conselho da Europa, Alexander Seger, que
participa nesta quarta-feira (28) do Fórum de Governança da Internet da
ONU realizado em Nairóbi.
"Quanto mais um país utiliza a rede, mais é afetado pelo crime eletrônico", afirma.
O especialista informou que em todos os países os usuários de internet
estão suscetíveis a ataques devido à intensa relação do ser humano com a
rede: "Quase tudo o que fazemos hoje em dia está relacionado aos
sistemas de computação".
Uma das maiores dificuldades para abordar esse tipo de crime deve-se ao
caráter internacional e à estrutura cada vez mais organizada, apontou
Seger.
Nesse contexto, a "principal ferramenta" dos cibercriminosos são os
"botnets", redes de computadores infectados por malware controlado por
criminosos que servem tanto para roubar informações quanto para lançar
novos ataques.
Seger, organizador da Convenção de Budapeste de Crime Eletrônico do
Conselho da Europa, está no Fórum de Governança da internet da ONU para
convencer novos países a aderirem a esse convênio que completa dez anos
em 23 de novembro.
O objetivo dessa iniciativa, na qual já participam 55 países, é que os
Estados classifiquem como crime esse tipo de ataque à rede, que reforcem
suas ferramentas legais e policiais para lutar contra o crime
eletrônico e cooperem com outros países para localizar os criminosos e
acabar com as ameaças.
O especialista considera que essa convenção também será importante para a
formação de unidades de pesquisa tecnológica na África e na América
Latina.
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