Enquanto o mercado global projeta vendas de 58 milhões de tablets no
ano, o Brasil corre o risco de não chegar a 1 milhão se os aparelhos não
baixarem de preço.
Além do ecossistema de aplicativos e do amadurecimento do consumidor, preço é a determinante fundamental para a massificação.
"Se o preço dos aparelhos não cair abaixo de R$ 800, as vendas não devem
passar de 400 mil unidades no ano", diz Luciano Crippa, da IDC.
Entre as fabricantes que já lançaram aparelhos estão a Samsung, que
apresentou o Galaxy Tab em novembro do ano passado, a Apple, com o iPad,
que chegou às lojas em dezembro, e os aparelhos da Motorola, ZTE e
Moove, anunciados neste mês no mercado brasileiro.
Da lista, apenas ZTE e Moove colocaram produtos abaixo de R$ 1.000 no mercado --R$ 790 e R$ 800, respectivamente.
O Galaxy Tab pode até custar menos, em torno de R$ 600, mas é atrelado a um plano de dados da operadora.
A expectativa para baratear o preço ainda recai sobre a decisão da
Receita Federal de classificar os tablets como notebooks, esperança dos
fabricantes nacionais.
Se essa for a determinação do órgão, a indústria nacional terá menor
tributação do aparelho na cadeia produtiva (17%) e poderão aproveitar a
isenção de PIS e Cofins hoje aplicada aos computadores portáteis.
Caso os tablets tenham uma classificação própria, os encargos podem chegar a 32%. No entanto, ainda não há prazo para a decisão.
A Positivo Informática vai fabricar tablets no país com sistema
operacional Android e foco no varejo e no setor educação. Para Helio
Rotenberg, presidente da companhia, a definição será fundamental para
impulsionar o setor no país.
"O Brasil está receptivo aos tablets, mas o consumo do produto, principalmente na classe média, ainda vai depender do preço."
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