A internet móvel em banda larga ainda engatinha no país, mas tem um
elevado potencial de crescimento de usuários e de penetração graças ao
"gosto" do brasileiro por ficar conectado, revelam dados de uma pesquisa
encomendada pela Acision, empresa internacional especializada no
desenvolvimento de serviços e produtos para o setor.
No Brasil, o serviço conta com 8 milhões de usuários e um dos problemas
apontados para a expansão do setor é o preço da conexão --considerado
elevado por 55% dos entrevistados.
Outro entrave que ainda coloca o país "na infância" da banda larga móvel
é a qualidade. Para 75%, a velocidade de acesso e navegação é lenta e
68% dizem que a conexão é instável.
Para o alemão Rafael Steinhauser, diretor do Acision, a melhora na
qualidade dos serviços e o consequente avanço no nível de satisfação dos
clientes é indispensável para a banda larga móvel ganhar mercado no
país.
Steinhauser diz ainda que sem a redução dos preços --mais baratos no
exterior-- o serviço não ganhará mais usuários em classes de consumo de
renda menor.
O executivo avalia, porém, que o potencial do setor no país "é muito
grande". Isso porque, diz, os brasileiros têm grande apreço pela
internet, demostrado, por exemplo, pelo fato de o país estar entre os
líderes no número de usuários e o tráfego em sites de relacionamento
como orkut e twitter.
CONEXÃO DIÁRIA
No Brasil, 51% dos consumidores de banda larga móvel se conectam
diariamente --percentual próximo aos 50% da média outros países (EUA,
Austrália, Reino Unido, Singapura e outros). O dados foram divulgados na
conferência DLD (Digital-Life-Design) Brasil, um braço do World
Economic Forum para as discussões da vida digital.
Segundo a pesquisa, porém, a preferência de conexão ainda é por banda
larga fixa --77% dos usuários. Outros 30% utilizam modens móveis
acoplados aos laptops.
O acesso por meio de telefones celulares corresponde a 16% --a soma dos
três supera 100% porque os consumidores podem usar mais de uma meio para
se conectar.
No Brasil, porém, a penetração do acesso a vídeos ainda é baixa: 26%, contra 37% nos demais países.
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