A Apple declarou que vai modificar a forma como dados de localização dos
clientes via Wi-Fi no iPhone e iPad são armazenados, após a polêmica
sobre o tema ter eclodido nos jornais do mundo na semana passada. Mas a
companhia negou estar rastreando os dados de usuários.
As informações foram colocadas em um comunicado no blog oficial da Apple
nesta quarta-feira, e divulgadas pelo site do jornal "The New York
Times".
Na semana passada, dois pesquisadores descobriram um arquivo dos
principais dispositivos móveis da companhia, que aparentemente trazia os
dados de localização visitados por usuários nos últimos 12 meses. O
fato trouxe a suspeita sobre se a Apple estava rastreando os usuários.
No comunicado, a companhia declarou que o arquivo é usado para "uma base
de dados de pontos de Wi-Fi e torres de celular em torno da atual
localização [do usuário]"que supostamente seriam usadas para ajudar na
precisão de geolocalização de um dispositivo móvel.
A companhia assumiu um equívoco. De acordo com a Apple, ele ocorreu
devido a uma falha do programa, cujo resultado foi o armazenamento de
dados durante um longo período. A empresa de Steve Jobs também prometeu
consertar isso com uma atualização de software.
"Não achamos que o iPhone precisa armazenar mais do que sete dias desses dados", declarou a fabricante.
Ainda segundo a Apple, um defeito de software impede que os dados
coletados sejam apagados --outro problema que promete resolver o mais
rápido possível.
A empresa também negou que pudesse localizar usuários por intermédio do
acesso ao arquivo do telefone (a informação, segundo diz o texto, seria
enviada de forma anônima e codificada à companhia).
De acordo com o "NYT", o comunicado também traz à tona a possibilidade
de planos de produto para o futuro. "A companhia disse que estava
coletando tráfego de dados com telefones e tablets a fim de construir
uma base de dados de tráfego a partir das próprias experiências do
usuário", diz o jornal.
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