Quem vai se manifestar nas redes sociais não deve agir por impulso. "Em
qualquer mídia virtual, se 20 pessoas replicarem uma informação sua, ela
será distribuída para 8.000 pessoas. É como pólvora", diz o professor
Gil Giardelli.
"As empresas olham o que você coloca na rede e há até o risco de perder o
emprego. A reputação é a moeda do século 21 e isso serve para trabalho,
namorada e amigos."
Para a professora Rosa Maria Farah, tudo depende da maturidade emocional
do internauta e do conhecimento que ele tem das ferramentas.
"Ele pode achar que está falando para um grupo quando uma comunidade inteira tem acesso às informações."
Caso se arrependa do que disse, pode até apagar o que escreveu, mas já terá perdido controle da informação.
"É como a fábula do rapaz que foi repreendido por um sábio por uma
fofoca que fez", compara. No conto, o jovem pede uma penitência
proporcional ao estrago que fez e o sábio diz que ele deve espalhar as
penas de um travesseiro do alto de um morro e descer para recolhê-las.
"Era impossível. Com a informação na internet é a mesma coisa: ela se espalha e não se tem mais controle."
"Diariamente, são levadas ações à Justiça que têm como prova o que está
nas redes sociais", afirma o advogado Leandro Bissoli, especializado em
direito digital. Ele conta que os problemas mais comuns são o uso
indevido de imagens e os crimes contra a honra, como a difamação.
"As pessoas acabam produzindo provas contra elas mesmas", diz. Há casos
de pessoas que alegam problemas de saúde para se afastar do trabalho,
mas postam fotos de viagens na rede. E há funcionários que acabam
registrando situações no trabalho que podem levar à demissão por justa
causa.
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