Falar ao telefone debaixo do chuveiro, demandar tarefas do celular
usando comandos de voz e bloquear o smart-phone com uma senha enviada
por SMS, em caso de roubo, são tecnologias que, apesar de soarem
futuristas, já estão disponíveis em aparelhos de vários fabricantes.
Mas os mais de US$ 10 bilhões investidos pelas empresas de celular em
2010 anunciam que, em breve, será possível pagar a viagem de ônibus com
um toque de tela e gravar um vídeo da festa de aniversário do seu filho
usando um smartphone com câmera 3D.
Segundo a Bernstein Research, a Nokia aplicou US$ 3,9 bilhões em novas
tecnologias móveis, seguida pela Samsung, com US$ 3 bilhões, e pela RIM
(Research in Motion), que fabrica o BlackBerry e gastou US$ 2 bilhões em
inovação.
Sony Ericsson e Motorola desembolsaram, cada uma, US$ 1 milhão no ano
passado, enquanto a Apple, que ditou o rumo da evolução de celulares
inteligentes com o iPhone, investiu cerca de US$ 750 mil.
O resultado que já saiu do papel inclui, por exemplo, celulares "à prova
de tudo", que resistem a quedas, água e têm telas que não arranham por
causa da poeira.
Além de compartilhar dados com outros aparelhos, os smartphones já
caminham para substituir completamente a câmera digital amadora.
Modelos como o Nokia N8 têm câmera embutida de 12 Mpixels e zoom
potente. Além da qualidade das imagens, o celular vence a corrida contra
a câmera porque oferece a possibilidade de compartilhar as fotos em
tempo real.
O segredo por trás dessa evolução está no poder dos processadores. Hoje
em dia, boa parte dos smartphones já têm capacidade para processar dados
em velocidade igual à de alguns desktops e laptops e, no dia 12 deste
mês, o Brasil finalmente abriu as portas para a nova geração de
supersmartphones.
O primeiro dessa leva a chegar ao país é o Atrix, da Motorola, com
processador de núcleo duplo capaz de oferecer mais velocidade, dinamismo
e performance.
Mas o Atrix não ficará sozinho no Brasil por muito tempo. Menos de dois
anos se passaram desde o primeiro longa metragem filmado em três
dimensões, e o mundo já se prepara para conhecer o primeiro smartphone a
oferecer a tecnologia 3D. Trata-se do Optimus 3D, da LG, que deve
chegar aos Estados Unidos até o mês que vem, e ainda neste ano ao
Brasil.
A LG incluiu no aparelho uma câmera estereoscópica para que o usuário
possa produzir suas próprias fotos e vídeos em 3D. A tecnologia conta
com duas câmeras que funcionam como o olho humano e montam duas imagens
para formar o efeito de profundidade e perspectiva.
Além da melhoria nas estruturas de banda larga no Brasil, é preciso que
parceiros como bancos e empresas invistam na tecnologia NFC (Near Future
Communication), uma forma de conexão entre aparelhos próximos um do
outro semelhante ao Bluetooth, mas mais veloz.
Com o NFC será possível pagar uma compra no cartão de crédito ou débito
apenas encostando o telefone na máquina da loja, realizar check-in de um
voo e substituir o crachá dos escritórios na catraca da empresa, entre
outras facilidades.
Mas uma demanda antiga que, com a chegada dos smartphones, parece ter empacado, é a busca por baterias que durem mais.
"Os celulares tendem a ter processadores mais poderosos, mas o que você
faz se acaba a bateria no meio do dia? Você perde toda a mobilidade",
afirma Bia Kunze, consultora em tecnologia móvel.
Segundo ela, a pesquisa com células de energia ainda deixa a desejar e afeta todas as fabricantes.
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