Aventurar-se com o Motorola Xoom, primeiro tablet com Android 3.0,
infante versão do sistema operacional desenvolvida especialmente para
tablets, é defrontar-se com uma sensação de vazio.
A loja virtual Android Mar-ket, com seus parcos 50 aplicativos
otimizados para tablets, é um deserto diante da fartura que representam
os mais de 80 mil programas feitos para iPad disponíveis na App Store,
da Apple.
Essa peculiaridade faz com que o Android 3.0 se aproxime do outro
sistema operacional em desenvolvimento pelo Google, o Chrome OS, que
nada mais é do que um navegador de internet.
Na falta de programas nativos no Xoom, é preciso recorrer com frequência
ao browser. Felizmente, ele satisfaz: é rápido e conta com um sistema
prático de abas.
Com suas câmeras frontal e traseira, o iPad 2 supre uma das deficiências da versão anterior em relação ao Xoom.
Resta como vantagem do tablet da Motorola o suporte a Flash, complemento
multimídia da Adobe usado em vídeos, animações e games on-line. Embora
sua presença seja bem-vinda, na maioria das vezes ela só é notada quando
surgem anúncios inconvenientes que se sobrepõem aos textos em sites de
notícias.
Em widescreen (formato retangular acentuado), a tela favorece a exibição
de filmes nessa proporção, mas causa estranhamento, por exemplo, quando
se leem revistas digitais que não foram otimizadas para o formato
--surgem bordas pretas.
Embora o hardware do Xoom seja bastante poderoso, há momentos de
lentidão, como quando se vira o aparelho para passar de modo paisagem
para retrato --um dos problemas que, espera-se, seja solucionado em
versões futuras do Android.
O ponto alto da experiência são os aplicativos do Google, como o Gmail, o YouTube e o Maps, bem adaptados ao formato de tablet.
Hoje, comprar um Xoom (R$ 1.899) --ou qualquer um dos futuros tablets
com Android 3.0-- é fazer uma aposta: a de que os desenvolvedores
preencherão o vazio da falta de aplicativos.
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