Sondas robóticas norte-americanas entraram pela primeira vez nos
edifícios dos reatores nucleares de Fukushima, a fim de medir a
radioatividade do local. As informações do jornal "El País" desta
sexta-feira.
Os robôs entraram primeiro nos edifícios dos reatores 1 e 3 --locais em
que nada passou desde o terremoto e tsunami do dia 11 de março.
De acordo com a medição dos robôs, a radioatividade do reator 1 oscilou
entre 10 e 49 milisieverts por uma hora. Já no 3, entre 28 e 57. Ambas
as medições são tidas como altas. O reator 2 não pôde ser medido por
causa da umidade, que estavam em 90%.
Cada empregado da usina poderia estar mais de cinco horas nos edifícios,
segundo cálculo das doses de radiação suportada pelo corpo humano. Das
300 pessoas que lá trabalhavam, diz o jornal, 28 não poderiam estar
durante todo esse tempo, porque ultrapassariam o limite de radiação.
A empresa que fornecedora do androide é a iRobot, empresa fundada há 21
anos por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT,
na sigla em inglês).
Trata-se da companhia que faz robôs militares para as tropas dos Estados
Unidos no Afeganistão e Iraque. Os androides da companhia também
inspecionaram o vazamento da BP no Golfo do México, além de terem atuado
entre os escombros das torres gêmeas do World Trade Center.
"A tecnologia dos Estados Unidos como eleita demonstra os diferentes
enfoques que cada país dá aos robôs. O Japão é líder mundial no setor,
mas boa parte do desenvolvimento tem sido dedicado a robôs humanóides,
destinados ao lazer. Nos EUA, as empresas seguem as diretrizes do
Departamento de Defesa, que exige robôs úteis, sem fogos de artifício",
diz o "El País".
A iRobot enviou modelos de máquinas ao Japão uma semana após o
terremoto. São dois tipos: o Packbot 510 (para explorar terreno) e o
Warrior 710 (capazes de levantar cargas pesadas).
Os robôs que entraram em Fukushima são os modelos PackBot (enviados ao
Afeganistão em 2002 para inspecionar grutas e bunkers em busca de
bombas).
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