A Intel afirma que sua parceira Nokia desistiu do sistema operacional
MeeGo, desenvolvido em conjunto pelas duas empresas, depois que a
Microsoft ofereceu quantidades "incríveis" de dinheiro para a fabricante
de celulares mudar os sistemas de seus smartphones para o Windows.
Apesar disso, a produtora de chips afirmou que encontrará novos
parceiros para o MeeGo.
O presidente-executivo da Intel, Paul Otellini, disse em uma reunião com
analistas em Londres que a opção da Nokia pelo sistema da Microsoft, em
vez da plataforma Android, do Google, foi uma decisão financeira.
Otellini disse que o presidente da Nokia, Stephen Elop, recebeu "ofertas
incríveis de dinheiro" do Google e da Microsoft para trocar de
plataforma.
"Eu não teria tomado a decisão que ele tomou. Eu provavelmente teria ido
atrás do Android, se fosse ele", disse Otellini. "Mas o MeeGo teria
sido a melhor estratégia, mas ele concluiu que não poderia bancá-lo",
disse.
Representantes da Microsoft não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, afirmou na feira Mobile
World Congress, em Barcelona, na quarta-feira, que havia tentado por
muito tempo fazer negócios com a Nokia.
Otellini disse que a Nokia encontrará dificuldades em se diferenciar no
mercado usando a plataforma do Windows: "seria menos difícil com o
Android, já com o MeeGo, a Nokia teria sucesso", afirmou.
"Nós encontraremos outro parceiro. As operadoras ainda querem um
terceiro sistema operacional, que seja aberto, e é isso que nos motiva",
disse.
O MeeGo foi criado no ano passado por meio da união das plataformas baseadas em Linux da Nokia, Maemo, e da Intel, Moblin.
AMEAÇA DOS TABLETS?
Ottelini também minimizou a ameaça dos computadores tablets ao mercado
de PCs. "Vamos fugir dessa [avaliação de que] 'o PC está morto e os
tablets vão ficar com nosso almoço e que não há crescimento no mercado
de PCs", disse o executivo.
Ele afirmou que 2010 foi um dos anos mais fortes em vendas de PCs, com
um aumento de 17%. O executivo comentou ainda que prevê crescimento de
dois dígitos novamente este ano, puxado por vendas de notebooks em
mercados emergentes.
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