Os acionistas da Apple rejeitaram nesta quarta-feira uma resolução que
forçaria a companhia a revelar seus planos de sucessão caso a licença
médica de seu diretor-executivo, Steve Jobs, se transforme em
permanente.
A companhia celebrou nesta quarta-feira sua junta anual de acionistas em
Cupertino (Califórnia) com a notável ausência de Jobs --que, em 17 de
janeiro, anunciou que se ausentaria um tempo de suas funções devido a
problemas médicos.
O principal do dia foi a votação de uma resolução que obrigava a cúpula
da Apple a revelar o nome do sucessor de Jobs, e que foi rejeitada pelos
acionistas segundo as primeiras informações da junta oferecidas pela
companhia e divulgadas pelo jornal "Los Angeles Times" em sua edição
digital.
A Apple, que tinha indicado que divulgar os planos secretos poderia
significar um impulso para a concorrência e prejudicar a permanência de
seus próprios executivos, não revelou os resultados exatos da votação,
de acordo com o jornal.
Segundo seus promotores, a resolução tentava acrescentar transparência a
uma das companhias tecnológicas mais importantes do país e relaxar a
incerteza provocada pela licença de Jobs, transformado no "cérebro" da
Apple devido a sua alta implicação em bem-sucedidos projetos como os
reprodutores iPod e o telefone iPhone.
A licença médica de Jobs, que já se ausentou de suas funções em 2004
devido a um câncer de pâncreas e em 2009 por um novo tumor, deixou
poucas esperanças nos acionistas de que o principal executivo da
companhia volte a ocupar seu posto, sobretudo porque não anunciou uma
data aproximada para o retorno.
Segundo os especialistas, a nomeação de Tim Cook, 48, como chefe de
operações à revelia de Jobs o transformou na pessoa mais indicada para
sucedê-lo de forma permanente, embora também soem outros nomes, como o
do vice-presidente de marketing global, Philip Schiller.
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