terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Rússia culpa Google por incitar turbulência no Egito

O vice-premiê da Rússia culpou o Google, em entrevista publicada nesta terça-feira, por incitar a população do Egito a se mobilizar na revolução que derrubou Hosni Mubarak do poder no país.
"Olhe o que eles fizeram no Egito, aqueles executivos do Google, olha o tipo de manipulação da energia do povo aconteceu lá", disse o vice-premiê russo, Igor Sechin, ao "Wall Street Journal".
Um comentário forte como este vindo de um dos assessores mais leais de Putin é um claro sinal da crescente preocupação no governo russo sobre o papel da Internet na agitação que está varrendo o mundo árabe.
Sechin não deu mais detalhes sobre suas preocupações. O executivo do Google Wael Ghonim se tornou heroi por acaso na revolta egípcia que levou à deposição de Mubarak.
Em contraste com a televisão estatal, a internet na Rússia é consideravelmente livre e palco de críticas contra o premiê russo, Vladimir Putin, e o presidente Dmitry Medvedev e toda a elite russa.
A Rússia até agora tem evitado adotar restrições sobre a internet, mas analistas afirmam que há um grupo de linha duras próximo de Putin que gostaria que o país adotasse controles similares aos da China.
O presidente chinês, Hu Jintao, pediu no sábado por uma regulamentação mais dura de governos sobre a internet e alertou importantes líderes do Partido Comunista de que a China está enfrentando agravamento de conflitos sociais que podem testar a capacidade do partido em manter controle firme sobre o país.

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