O vice-premiê da Rússia culpou o Google, em entrevista publicada
nesta terça-feira, por incitar a população do Egito a se mobilizar na
revolução que derrubou Hosni Mubarak do poder no país.
"Olhe o que eles fizeram no Egito, aqueles executivos do Google, olha o
tipo de manipulação da energia do povo aconteceu lá", disse o
vice-premiê russo, Igor Sechin, ao "Wall Street Journal".
Um comentário forte como este vindo de um dos assessores mais leais de
Putin é um claro sinal da crescente preocupação no governo russo sobre o
papel da Internet na agitação que está varrendo o mundo árabe.
Sechin não deu mais detalhes sobre suas preocupações. O executivo do
Google Wael Ghonim se tornou heroi por acaso na revolta egípcia que
levou à deposição de Mubarak.
Em contraste com a televisão estatal, a internet na Rússia é
consideravelmente livre e palco de críticas contra o premiê russo,
Vladimir Putin, e o presidente Dmitry Medvedev e toda a elite russa.
A Rússia até agora tem evitado adotar restrições sobre a internet, mas
analistas afirmam que há um grupo de linha duras próximo de Putin que
gostaria que o país adotasse controles similares aos da China.
O presidente chinês, Hu Jintao, pediu no sábado por uma regulamentação
mais dura de governos sobre a internet e alertou importantes líderes do
Partido Comunista de que a China está enfrentando agravamento de
conflitos sociais que podem testar a capacidade do partido em manter
controle firme sobre o país.
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