O Brasil poderia ter vendido 6 milhões de computadores a mais em 2010, caso os serviços de internet fossem mais acessíveis.
A afirmação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi feita
nesta quinta-feira (24) no 9º Seminário Políticas de (Tele)Comunicações,
durante argumentações em defesa do Plano Nacional de Banda Larga
(PNBL).
"Poderíamos ter um avanço extraordinário com a internet [em 2010] e
muitas pessoas teriam comprado equipamentos. Se tivéssemos serviços mais
favoráveis, teríamos vendido, acredito, 20 milhões de computadores, ao
invés de 14 milhões", disse o ministro ao defender como preço de
referência R$ 35 para popularizar o acesso à internet.
A expectativa de Paulo Bernardo é que "nos próximos anos" 80% dos municípios tenham acesso à grande rede.
"Você compra hoje um computador a R$ 800, mas paga R$ 80 mensais pela
internet. Acho caro. Foi por conta disso que formatamos o PNBL, a
principal prioridade do ministério segundo a presidenta Dilma Rousseff. A
posição do Brasil já permite, de fato, que façamos essa implementação",
acrescentou o ministro.
Ele disse que há possibilidades de enquadrar os tablets como notebooks
e, dessa forma, criar mecanismos para baratear seu preço, o que ajudará a
produção e a indústria nacional.
"O Ministério das Comunicações fará a coordenação da integração do
processo produtivo, relativos à inclusão digital, que atualmente está
subdivido em vários ministérios, a fim de dar tratamento mais isonômicos
para a questão", adiantou Bernardo.
De acordo com o ministro, é possível que frequência de 450 mega-hertz
(mHz) frequência das rádios usadas pelas polícias Federal e Rodoviária
Federal passe a ser dirigido às áreas rurais. Mas para desocupar as
frequências da faixa, acrescentou, é fundamental, antes, a liberação de
verbas para equipar as polícias.
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