Órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa estão monitorando os
planos da Apple para o novo serviço de assinaturas por meio de sua loja
de aplicativos.
A Apple pretende arrecadar parte da receita gerada pelo serviço de
assinaturas, o que gerou controvérsia após o lançamento do serviço.
Alguns desenvolvedores de aplicativos então insatisfeitos com o plano da
Apple de ficar com 30% de toda a receita das assinaturas online.
Empresas que vendem assinaturas de serviços de músicas como a Rhapsody e
a Rdio descreveram a política da Apple como "insustentável
economicamente" para seus negócios.
Outras companhias da mídia que podem ser afetadas incluem editoras de
revistas e jornais, que esperam revigorar suas vendas, atualmente em
baixa, com a oferta das publicações por assinaturas para tablets como o
iPad.
O Departamento de Justiça dos EUA está nos estágios iniciais de uma
investigação, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto.
Atualmente, provedores de conteúdo e a Apple estão sendo consultados.
Na Europa, um porta-voz da Comissão Europeia afirmou: "estamos monitorando cuidadosamente o mercado".
Mas uma investigação oficial parece improvável, já que comissários veem um aumento na concorrência do setor.
O Comissário europeu Andris Pieblags --em comentários ao Parlamento
Europeu sobre o assunto-- disse que o monitoramento é necessário, "já
que a Apple detém uma posição dominante do mercado".
"As fronteiras de um mercado tão relevante ainda não estão claras, como o
setor ainda é relativamente novo e está em evolução", disse.
A Apple afirmou na terça-feira que provedores de conteúdo podem definir o
preço e a duração das assinaturas. Eles também podem oferecê-las pelos
seus próprios sites, mas será necessário oferecer as mesmas condições em
vigor na loja da Apple.
Aparentemente em resposta aos planos da Apple, o Google lançou na
quarta-feira um novo serviço de assinaturas, o One Pass, para seu
sistema operacional Android. A empresa prometeu ficar com somente 10% da
receita das assinaturas.
Não é a primeira vez que a Apple é investigada por órgãos reguladores
por seu papel na indústria da música. Ela domina quase 70% do mercado de
vendas de música digital.
Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA conversou com empresas da
internet e gravadoras para decidir se a Apple estava impondo abusos com
sua posição dominante.
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