quarta-feira, 21 de abril de 2010

Painel: Comando da campanha de Dilma desaprova críticas de guru virtual ao jingle da Globo

O comando da campanha da pré-candidata Dilma Rousseff (PT) desaprovou a atuação do guru virtual Marcelo Branco em relação ao jingle de 45 anos da TV Globo, informa hoje o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL). Branco, que coordena a campanha de Dilma na internet, deflagrou uma ofensiva na web contra a emissora.
Na terça-feira, ele escreveu em seu Twitter (microblog) que via no jingle da Globo uma mensagem sublimar favorável ao pré-candidato tucano José Serra.

Após a polêmica, a Globo tirou do ar o jingle do ar. Em nota, a emissora afirma que o filme foi criado em novembro de 2009, quando "não existiam nem candidaturas muito menos slogans".Nesse mesmo dia, Branco voltou a usar o Twitter para dizer que seus comentários sobre o jngle foram feitos em caráter pessoal. "Sobre o #jingledaglobo: meu RT e comentarios foram de carater pessoal. Eu nao falo em nome da Dilma e nem da coordenacao", escreveu ele.
De acordo com o "Painel", Branco foi alertado pelo comando da campanha de que suas novas funções o impedem de se manifestar como bem entender. Por isso ele teria escrito no Twitter que suas declarações tinham sido dadas em "em caráter pessoal".
Ontem, Branco voltou a se defender no Twitter. "'Enquadrar' a liberdade de expressão, mesmo que crítica a publicações de terceiros, como censura, é um menosprezo com a democracia", disse.
Polêmica
O líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), classificou de autoritária a suspeita levantada pela campanha petista de que o vídeo de 45 anos da Globo fazia alusão ao pré-candidato José Serra.
"É o viés autoritário que conduz ao raciocínio absurdo em relação à suspensão daquela propaganda. No fundo, o que está no pensamento deles, o que eles têm em conta está no Programa Nacional de Direitos Humanos", afirma o deputado.
Para ele, é hilária a relação entre os 45 anos de Globo e o número 45 do PSDB. "O Roberto Marinho fundou sua Organização Globo, há 45 anos, já sabendo que agora, 45 anos depois, haveria um partido político com o número 45, prestes a ganhar a eleição", diz Almeida, segundo nota de sua assessoria.

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