O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se rendeu ao passarinho símbolo do site microblogs Twitter. O governo anunciou nesta terça-feira que sua conta no sistema será @chavezcandanga. No começo da noite, ele já tinha mais de 3.000 seguidores, mesmo sem ter postado uma palavra.
Em fevereiro, o presidente venezuelano acusou tuiteiros de tentar desestabilizar seu país. No mês passado, porém, resolveu trocar de estratégia: agora estimula que seus partidários "tomem de assalto" a ferramenta. Lançou até uma campanha na TV estatal com esse objetivo, chamada "Twitter, a outra guerra". "Mexeste comigo, passarinho", reclamou Chávez na TV, à época.
Ao menos um antichavista famoso veio a público reclamar do suposto acosso cibernético de Caracas. Na semana passada, o cantor espanhol Alejandro Sanz, crítico de Chávez, disse que seus apoiadores Os antichavistas são maioria no Twitter e nas redes sociais venezuelanas, o que tem incomodado o governo. A TV de oposição Globovisión tem 212 mil seguidores, por exemplo. O país tem em torno de 200 mil contas ativas no Twitter --um crescimento de 1.000% em 2009. E os "tuiteiros" anti-Chávez conseguiram emplacar, em fevereiro, o marcador #freevenezuela como o quarto mais usado no mundo.
No país, segundo a consultoria venezuelana Tendências Digitais, 30% da população tem acesso à internet, e o número está aumento com velocidade por causa da difusão de aparelhos de celular com ferramenta para a rede. A difusão de BlackBerrys --a Venezuela é o principal mercado na América Latina, ultrapassando Brasil e México-- também é citada pelo governo para explicar porque chama o Twitter de "a outra guerra".
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