O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, publicou seu primeiro post no microblog Twitter. Com linguagem informal, ele comenta que vai para o Brasil e está "muito feliz por trabalhar pela Venezuela".
"Oi, que tal? Apareci como disse: a meia-noite, Para o Brasil, me vou. E muito contente de trabalhar pela Venezuela. Venceremos", disse Chávez, em tom de discurso.
Chávez tuita sob o apelido @chavezcandanga, uma combinação do sobrenome do presidente com a palavra "candanga", que na Venezuela é utilizada para se referir a uma pessoa muito travessa ou explosiva.
Às 9h30 desta quarta-feira, menos de dez horas depois de sua entrada no microblog, ele já tinha mais de 34 mil seguidores.
Resta saber se ele vai se acostumar com os posts de 140 caracteres, muito pouco para quem faz discursos de horas em televisão nacional.
Em fevereiro passado, o presidente acusou os tuiteros de tentar desestabilizar seu país. No mês passado, porém, resolveu trocar de estratégia: agora estimula que seus partidários "tomem de assalto" a ferramenta.
Lançou até uma campanha na TV estatal com esse objetivo, chamada "Twitter, a outra guerra". "Mexeste comigo, passarinho", reclamou Chávez na TV, à época.
Os antichavistas são maioria no Twitter e nas redes sociais venezuelanas, o que tem incomodado o governo. A TV de oposição Globovisión tem 212 mil seguidores, por exemplo.
O país tem em torno de 200 mil contas ativas no Twitter --um crescimento de 1.000% em 2009. E os tuiteiros anti-Chávez conseguiram emplacar, em fevereiro, o marcador #freevenezuela como o quarto mais usado no mundo.
No país, segundo a consultoria venezuelana Tendências Digitais, 30% da população tem acesso à internet, e o número está aumento com velocidade por causa da difusão de aparelhos de celular com ferramenta para a rede. A difusão de BlackBerrys --a Venezuela é o principal mercado na América Latina, ultrapassando Brasil e México-- também é citada pelo governo para explicar porque chama o Twitter de "a outra guerra".
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