segunda-feira, 1 de março de 2010

Maior feira de tecnologia do mundo tenta se reerguer em versão enxuta

No mundo da informática, ser menor e mais rápido é sinônimo de avanço. E se não estivermos falando de um produto, mas de um evento tecnológico cuja fama repousa justamente no título de "o maior do mundo"? É a esse questionamento que a Cebit 2010 precisará responder a partir desta terça (2), em Hannover (norte da Alemanha).
Neste ano, além de contar com menos expositores, a feira será mais curta --só vai até o sábado (6). A perda do domingo deve se fazer sentir na contagem final de visitantes: é nos fins de semana que a Cebit costuma receber o grosso do seu público "comum", menos engravatado, mais jovem e ávido por transitar no pavilhão do futuro.
A cerimônia de abertura, na noite desta segunda (1º), fica a cargo da chanceler alemã, Angela Merkel, e do primeiro ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero. O político estará em Hannover como representante do país-parceiro festa "high-tech", que ganhou pavilhão exclusivo. Mais de 70 expositores espanhóis estarão espalhados pela feira.
Para quem se interessa pelo mercado, o evento conta com palestras e apresentações de executivos de empresas como Microsoft, Google, Adobe, Amazon, Skype, Intel, Sony Ericsson, Dell, Motorola, IBM e Telefónica. Entre os convidados está Stewart Butterfield, fundador do Flickr, site de compartilhamento de fotos mais popular da rede.
O ingresso para a semana custa 81 euros (R$ 200) na porta. Em edições anteriores, cambistas transitavam na estação central de Hannover (Hauptbahnhof) e vendiam entradas pela metade do preço.
O tema central da 25ª Cebit é "Connected Worlds", numa alusão às tecnologias que ligam o escritório à casa das pessoas. Computação nas nuvens, internet móvel ultraveloz, aparelhos que se recarregam sem fio e novos sistemas de proteção contra ataques virtuais estarão em pauta.
Um vídeo (veja abaixo) também destaca outros dois temas que devem pesar no evento: o impacto positivo que as novas tecnologias podem ter no meio ambiente e a indústria de música digital.



Na edição de 2009, ocorrida em plena crise financeira, o evento recebeu 400 mil visitantes e contou com 4.300 expositores. Pouco mais de 4.150 expositores estarão na feira desta vez. Para fins de comparação, no ápice da bolha "ponto com", em 2001, a Cebit hospedou nada menos que 8.100 companhias. Por outro lado, 300 empresas vão estrear neste ano --entre elas, o Google.
O número de expositores brasileiros cresceu. Pulou de 14 para 22 (veja lista completa). Eles ficam divididos em dois estandes coletivos: um para as empresas de software e outro para as de telecomunicações.
Para Ernst Raue, presidente da feira, a ressaca da crise mundial explica a queda no número de expositores --e, possivelmente, de visitantes, já que sua aposta é apenas de que o público se mantenha na média de 2009.

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