Autoridades espanholas quebraram uma das maiores redes responsáveis por infectar computadores, responsável pelo roubo de cartões de crédito e senhas bancárias on-line de mais de 12,7 milhões de computadores contaminados.
As autoridades espanholas esperam conceder entrevista coletiva nesta quarta-feira (3), em Madrid.
A identificação dos suspeitos foi dada pelos apelidos na web, e respectivas idades: "netkairo", 31; "jonyloleante", 30; e "ostiator", 25.
São três cidadãos espanhóis, sem antecedentes criminais, segundo descreveu a polícia. As identidades não foram reveladas para proteger a privacidade dos réus, conforme a legislação do país. Se condenados, eles podem pegar até seis anos de prisão.
O botnet de computadores infectados incluía computadores de mais da metade das cem companhias mais bem-sucedidas, de acordo com a revista "Fortune", e mais de 40 bancos que estão entre os maiores do mundo, segundo investigadores.
Investigadores espanhóis, trabalhando em conjunto com empresas de segurança privada em computadores, prenderam três responsáveis pela botnet autointitulada Mariposa, que surgiu em 2008 e se tornou uma das maiores gangues do crime virtual. Mais envolvidos devem ser presos em breve, em outros países.
As prisões são significativas porque os grandes responsáveis pelas maiores fraudes de botnet não são pegos. E a história da caça dos investigadores por eles oferece um ótimo exemplo nas táticas usadas para traçar as origens e desdobramentos de crimes informáticos.
Além disso, os suspeitos vão contra o estereótipo de programadores geniais, que geralmente é associado às fraudes virtuais. Os suspeitos não eram piratas virtuais brilhantes, mas tinham contatos no submundo da internet, que os ajudaram a construir e operar o botnet, disse o capitão da Guarda Civil espanhola, Cesar Lorenza.
"Eles não são como essas pessoas da máfia russa ou a máfia do Leste Europeu que gostam de ter carros esportivos e relógios. A coisa mais assustadora é que eles são pessoas normais que estão ganhando muito dinheiro com o cibercrime", disse Lorenza.
Os investigadores estão examinando os registros bancários e computadores apreendidos para determinar quanto dinheiro os criminosos fizeram.
Botnets são redes de PCs infectados, que foram "sequestrados" de seus proprietários --muitas vezes sem seu conhecimento--, e colocados à disposição e controle de criminosos. Ligadas entre si, as máquinas fornecem uma quantidade enorme de poder em computação para spammers, ladrões de identidade e piratas virtuais.
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