As autoridades chinesas garantiram hoje que reativaram os serviços de e-mail e eliminaram as restrições ao envio de mensagens de texto (SMS) na região autônoma de Xinjiang, que oito meses atrás foi palco do pior conflito étnico registrado na China em décadas.
A agência oficial de notícias Xinhua afirma, citando o porta-voz do governo regional, Hou Hanmin, que foram suspensas as restrições nos envios de SMS. Outros serviços de comunicação, porém, serão retomados "passo a passo".
Em 5 de julho de 2009, Urumqi, a capital de Xinjiang, foi palco de violentos conflitos entre a etnia local, os uigures, e os chineses de etnia han. Nos confrontos, morreram 200 pessoas, segundo dados oficiais. Mas o número de óbitos teria sido maior, segundo grupos uigures no exílio.
Para conter o conflito, o governo chinês suspendeu o acesso à internet, o envio de mensagens de texto por celular e os telefonemas internacionais.
Segundo o governo, os protestos de julho foram organizados por "pela internet, por mensagens de texto e por ligações de longa distância" de grupos de uigures no exílio.
Estes grupos, liderados por Rebiya Kadeer, que várias vezes foi candidata ao prêmio Nobel da Paz, negaram qualquer envolvimento nos tumultos e acusaram Pequim de usar o exército para conter os protestos e continuar reprimindo a minoria uigur.
Apesar de a situação, aparentemente, ter voltado ao normal, jornalistas estrangeiros que viajam à região para comprovar esta realidade são detidos de forma sistemática.
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