sexta-feira, 4 de maio de 2012

Com aplicativos, smartphone pode ser uma mão na roda

Mesmo que você desligue a conexão 3G, o Wi-Fi e o GPS e diminua o brilho de tela, é quase certo que seu smartphone não suportará mais do que um dia inteiro longe de um carregador.
Na verdade, a maioria dos modelos --não importa o fabricante-- pode ficar sem energia depois de poucas horas. Afinal, por que a bateria de nossos celulares não dura mais tempo?
A resposta é uma combinação de vários fatores, segundo o professor Vitor Baranauskas, doutor em engenharia eletrônica pela Unicamp.
"Os smartphones, como uma invenção jovem, evoluem de forma muito mais veloz do que as baterias. Celulares têm telas cada vez maiores e lançam o tempo todo novas funções, que demandam mais energia. As melhorias nas baterias não são suficientes", diz o professor.
Há duas formas de driblar o problema (sem contar com o indesejável aumento do volume do celular, responsável pelo efeito "tijolo"): a primeira é tentar otimizar a taxa de eficiência energética, e a segunda é experimentar novos materiais e tecnologias na composição das baterias.
A energia é gerada por transferências de carga elétrica entre os polos negativo e positivo, mas nem todas as trocas são bem-sucedidas. O desafio é diminuir a quantidade de reações químicas erradas para aumentar a autonomia da bateria.
Smartphones de núcleo duplo (ou quádruplo) podem ajudar a economizar energia e reduzir o número de operações falhas, já que podem usar metade (ou 25%) da potência para tarefas simples.
Apesar dos esforços da comunidade científica, a bateria atual (íon de lítio) evoluiu timidamente em pouco mais de 15 anos de invenção. Os limites físicos e químicos dos materiais levam empresas a testar outras substâncias químicas para tornar as baterias mais compactas e eficientes.
"Mudanças no meio de transmissão também são um futuro provável, como carregar dispositivos por meio de ondas de rádio, sem o uso de fio", diz Baranauskas.

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