terça-feira, 29 de maio de 2012

Game "Max Payne 3" usa São Paulo como cenário

Max Payne é um ex-policial de Nova York que teve sua família assassinada pela máfia.
Doze anos depois, viciado em álcool e pílulas, ele vai parar em uma cidade cinzenta, conhecida pelo alto índice de criminalidade e por engarrafamentos quilométricos, com áreas de extrema pobreza e onde os muito ricos andam de helicópteros e carros blindados. Soa familiar?

A trama do game "Max Payne 3", lançado no último dia 15 no exterior e que chega ao Brasil na próxima quinta-feira, passa-se em São Paulo, onde Max trabalha como segurança pessoal do milionário Ricardo Branco.
"Max Payne 3", para Xbox 360 e PS3, já vendeu mais de 3 milhões de cópias até o último dia 22 -em alguns países, o título ultrapassou os números de "Diablo 3", da Blizzard. A versão para PC sai em 1º de junho. O jogo é sequência de "Max Payne" (2001) e "Max Payne 2 - The Fall of Max Payne" (2003).
Imagem do jogo da produtora Rockstar; ao fundo, é possível ver a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira
A Rockstar, produtora do jogo e responsável pelos bem-sucedidos "GTA" e "Red Dead Redemption", realizou uma pesquisa de dois anos para reproduzir e recriar o ambiente urbano da maior capital do Brasil, segundo informações e documentos de pesquisa cedidos pela empresa.
Desenvolvedores e designers fizeram uma série de viagens a São Paulo durante o desenvolvimento do jogo.
"Documentamos tudo, desde o glamour e a exclusividade de áreas chiques, como Morumbi, av. Paulista e Jardins, até locais de alta criminalidade, como a favela Japiaçu (favela do Nove) e o edifício São Vito, o 'Treme Treme' [demolido em 2011]", descreve um trecho da pesquisa da empresa.
ESQUADRÃO DE ELITE
A UFE (Unidade de Forças Especiais), esquadrão de polícia de elite, foi inspirada no Garra, no GOE e no Gate, unidades reais da polícia paulista, e no Bope, do Rio.
"Tivemos muito cuidado na pesquisa de uniformes, equipamentos e armamento disponibilizados por estes policiais", diz a Rockstar.
Além do UFE, a produtora formulou o Comando Sombra, organização criminosa do jogo, e o Crachá Preto, milícia de policiais. O nome é uma referência a policiais que escondem seus crachás e identificações de nome em operações ilegais.
REPRODUÇÃO NÃO MUITO FIEL
Pontos importantes de São Paulo podem ser vistos no game, como o edifício Copan, no centro da cidade, a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira e a marginal Pinheiros, ambas na zona sul da capital.
A representação de São Paulo não é totalmente fiel. Parte da metrópole foi criada livremente, dando espaço a cenários como as docas do Tietê, ponto de partida de uma perseguição de lanchas em uma das missões do jogo.
Cena do jogo "Max Payne 3"; ao fundo, logo de time de futebol baseado no Corinthians
Há até um time de futebol fictício, inspirado principalmente no Corinthians --uma das fases do game se passa em um estádio.
Apesar de o idioma original ser o inglês, vários dos bandidos e alguns dos personagens falam português. A dublagem é correta na maioria dos diálogos, embora em alguns trechos a pronúncia pareça meio estranha, com sotaque estrangeiro.
SOTAQUE CARIOCA
Em setembro de 2011, quando a Rockstar liberou os primeiros trailers de "Max Payne 3", São Paulo tinha mais cara de Rio: com gente dançando funk em morros com favelas. Um bandido usava uma camisa que parecia a do Fluminense. A produtora do game mudou o trailer alguns dias depois.

Nenhum comentário: