Mas isso não significa que ele se comporte igualmente em todos os smartphones.
Cada companhia aplica uma interface própria sobre a versão pura do Android, como uma roupagem especial, que deixa o programa com a cara da empresa.
Essa "roupa" enaltece o que é considerado prioridade por cada uma das fabricantes: integração com as redes sociais, navegação facilitada ou outras formas de organização e sincronização de contatos, por exemplo.
"As interfaces próprias existem para que nós possamos colocar funções especiais, como fazer o aparelho aumentar o som automaticamente quando está dentro de um bolso ou uma bolsa. Isso não está disponível no Android padrão", diz Murilo Boccia, gerente de produtos da HTC na América Latina.
Se por um lado as empresas defendem as personalizações, alguns consumidores reclamam da falta de unidade visual. A diferença da posição de botões e aplicativos entre os diferentes telefones com Android causa confusão, segundo os usuários.
Mesmo entre modelos da mesma empresa, as funções e botões do Android podem ser diferentes. Há outro problema: como os fabricantes e as operadoras de celular são livres para modificar o sistema, fica a critério delas se os aparelhos receberão atualizações ou não.
O Google, desde o lançamento do Android 4, tomou algumas medidas para minimizar os problemas: lançou um manual de estilo para desenvolvedores de aplicativos e tornou obrigatório o suporte para a interface Holo, a padrão do Android.
DIAS CONTADOS?
Chris Ziegler, editor do site de tecnologia "The Verge", disse que as customizações do Android estão meio antiquadas hoje em dia.
Segundo Ziegler, as interfaces personalizadas surgiram porque as primeiras versões do Android eram "horríveis", mas agora, com o novo Ice Cream Sandwich, o "Google progrediu muito até lançar a última versão".
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